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Técnico iraniano sofre ataques xenófobos em estreia e renuncia cargo: “Espero que isso acabe”

Técnico iraniano Koosha Delshad renunciou seu cargo após relatar que sofreu ataques xenófobos por parte dos torcedores do Comercial-PI em sua partida de estreia. Segundo os relatos do treinador, a torcida o chamou de “terrorista” e disse que ele iria por uma bomba em campo. Essas informações são do portal “GE”.

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Em sua estreia pelo clube, a equipe foi goleada por 4 a 0 pelo River-PI, em confronto válido pela 6ª rodada do Campeonato Piauiense. O resultado fez com que parte da torcida protestasse contra o desempenho do elenco na competição.

Ainda de acordo com as informações do portal, Koosha Delshad relatou que vai informar à JK Sports sobre sua decisão e que está de saída da cidade. Além disso, o técnico citou que vai retornar para cidade de São Paulo, onde reside desde 2014.

Koosha obteve sua licença da CBF como treinador e pode comandar clubes até mesmo da Série A do Campeonato Brasileiro. O anúncio do técnico foi feito no dia 31 de janeiro. Logo no dia seguinte após sua contratação, o técnico comandou o time à beira do campo. Foi aí que os relatos de xenofobia ocorreram.

Veja abaixo a nota de renúncia do técnico:

“Não acredito que um treinador que assuma um clube na zona de rebaixamento, que não pontua, não marca gols, com apenas dois dias de treinos faça milagre; nem que ele mereça xingamentos preconceituosos e xenofóbicos, como gritos: ‘Hey, treinador terrorista!’ e etc. É inacreditável que essas ações tenham começado um dia antes nas redes sociais e continuado desde o primeiro minuto de jogo pelos torcedores que estavam ao lado do banco de reserva.

Mesmo tendo conhecimento da situação do clube, da falta de equipamentos necessários, assumi a parte técnica, mas não poderia imaginar que no dia do jogo três jogadores anunciariam que não entrariam no estádio! Foi quando percebi que eu não estava em clube profissional e sim em uma escolinha de futebol. Quero falar com torcedores que desde o aquecimento começaram a xingar, se vocês não gostam que eu esteja aí, ao menos gostem do clube.

Eu estava lá para ajudar o futebol da cidade, um clube tradicional que está vivendo uma situação anormal, mas percebi que não existe uma determinação por esse objetivo. Minha intenção foi ajudar, mas pela falta de apoio e pelos crimes de xenofobia durante os 90 minutos no estádio, eu renuncio ao cargo da parte técnica do Clube Comercial de Piauí. Tomara que um dia isso acabe no país do futebol.”

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