Exclusiva com Hugo Souza, goleiro do Corinthians: “Só penso em trabalhar muito para ir a uma Copa do Mundo”
Por Eduardo Statuti e Rodrigo Calvino
Dono da meta alvinegra, o goleiro Hugo Souza tem fixado sua imagem na galeria de grandes personagens do Corinthians. Em pouco tempo, o arqueiro teve a pesada responsabilidade de ocupar o lugar de Cássio e rapidamente caiu nas graças da torcida.
Em entrevista exclusiva ao 365Scores, o camisa 1 se declarou ao Timão e projetou seu futuro entre os ídolos da equipe.
“O Corinthians me permitiu sonhar”
Hugo Souza, goleiro do Corinthians
Um dos sonhos de Hugo Souza já se tornou realidade em pouco mais de um ano com a camisa alvinegra. Neste ano, ele foi convocado por Carlo Ancelotti para os jogos contra Paraguai e Equador, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Na visão do goleiro, sua primeira impressão passada foi boa.
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“O contato com ele foi o melhor possível. Consegui fazer uma grande Data Fifa nos treinamentos, acredito que deixei uma boa primeira impressão. Quando vai a primeira vez, a expectativa aumenta. Vou trabalhar muito para que vire rotina”, disse o camisa 1 do Corinthians, que não esconde seu maior sonho:
“Só penso em trabalhar muito para ir para uma Copa do Mundo. O Corinthians me permitiu sonhar.”
Confira a entrevista exclusiva com Hugo Souza:
Como é jogar os clássicos contra o Palmeiras?
Graças a Deus eu tenho um bom retrospecto nesse clássico. Fico muito feliz com esses números. Foi o rival contra quem estreei profissionalmente. É um jogo especial.
Já era especial no Flamengo, agora mais ainda. Além de rival tem toda a parte do sentimento pela camisa do Corinthians. Isso deixa a emoção a flor da pele. Além da rivalidade dentro de campo, vai para sentimento. Deixa o jogo mais especial.
O Corinthians está nas quartas da Copa do Brasil, mas na metade de baixo da tabela do Brasileirão. Você vê o time focando na Copa, ou acha que ainda cabe uma reação no Brasileiro?
A gente tem uma equipe qualificada, e pode fazer uma campanha de recuperação no Brasileirão para ficar na parte de cima da tabela. Conseguir uma vaga na Libertadores.
Sabemos tudo que gera uma posição melhor, mais dinheiro para o clube. A gente vai buscar. Claro que é importante focar na Copa do Brasil, buscar esse título. Mas a gente não abre mão de nenhuma competição.
Você chegou ao Corinthians com uma pressão grande depois de um dos maiores ídolos do clube, o Cássio. Com as decisões e jogos emblemáticos do ano passado e desse ano, você acha que já conseguiu deixar esse cenário para trás e ter foco total na sua história no clube?
Com certeza. Vim para cá com esse pensamento. Nunca quis me comparar com ninguém, respeito todos que passaram. O Corinthians tem grandes goleiros na prateleira de ídolos. Se eu puder ser metade do que eles foram, Ronaldão, Dida, Cássio que é o maior ídolo da história do clube.
Dia a dia eu busco meu lugar na história do clube. Muitos falam em idolatria, e acho que está longe. Acredito que idolatria vem de uma constância, títulos, entre outras coisas. Mas também da identificação do torcedor com o jogador, e isso tenho muito forte. É uma troca muito intensa, uma torcida que amo. Adoro jogar no nosso estádio, vivenciar nossa torcida.
Um dos seus pontos fortes é o jogo com os pés. Você tem vontade de bater faltas e pênaltis?
Eu prefiro ficar quieto no meu canto e quando precisar ajudar na construção. É algo que fui muito criticado por conta de um erro ou outro. As pessoas me rotulam por alguns erros. Mas só erra quem está dentro do campo.
Os números não mentem. Os meus números têm evoluído cada vez mais. Eu treino muito isso, meu treinador de goleiro é muito chato com isso, me fez evoluir. E ainda tenho muito a evoluir. Muito dessa cobrança maior que o normal, me fez preparar mais, treinar mais que o normal para melhorar nesse aspecto.
O que falta para os brasileiros entenderem melhor esse jogo com os pés dos goleiros?
A torcida brasileira tem muita emoção. Lá fora é um espetáculo, as pessoas assistem e voltam para casa. Aqui não, é emoção, é vida. O Corinthians é a vida do torcedor. Um recuo para o goleiro deixa o torcedor com o coração saindo pela boca.
É muito mais pela emoção, não querer passar por esse nervoso do que entendimento. Porque se parar para entender o futebol hoje, a evolução, não é difícil entender que o goleiro precisa jogar com os pés, participar da construção. É importante porque ganhamos mais um para construir. Tudo isso é parte tática para que possamos construir o jogo em etapas.
Hoje, você olha para o futuro e se imagina como? Na Europa ou virando cada vez mais ídolo do Corinthians?
Para ser sincero, eu estou em um clube que me propicia sonhar grande. Que me incentiva a sonhar grande pela grandeza do clube. Estou muito focado no meu trabalho aqui. Meu único foco de futuro é a Copa do Mundo. Acho que o Corinthians é um clube que vai me propiciar isso.
Pelo tamanho, pela repercussão. Tudo que é feito aqui gera uma repercussão muito grande. O Corinthians é um clube que me ajuda no meu sonho. Para frente, só penso em trabalhar muito para ir para uma Copa do Mundo. O Corinthians me permitiu sonhar.
É um clube que me mostrou novamente para o futebol, minha evolução como atleta, pessoa, um clube que dá liberdade para minha família ver que estou feliz.
Você esteve presente na primeira lista do Ancelotti. Espera ser chamado na próxima? Como foi o convívio com ele?
Falar do Ancelotti é chover no molhado. É um treinador multicampeão. Vai fazer bem para a Seleção ter um treinador desse tamanho. Ele traz um peso diferente.
Quem está no campo olha e pensa que tem que jogar bem porque o cara pode tirar. O contato com ele foi o melhor possível. Consegui fazer uma grande Data Fifa nos treinamentos, acredito que deixei uma boa primeira impressão. Quando vai a primeira vez, a expectativa aumenta. Vou trabalhar muito para que vire rotina.
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