O zagueiro David Luiz é um dos brasileiros que mais se destacou no futebol europeu nos últimos anos e, atualmente, é peça fundamental do Pafos, do Chipre, na disputa da Champions League. Em entrevista ao “Gazzetta dello Sport”, ele revisitou um dos episódios mais traumáticos de sua carreira: o 7 a 1.
David Luiz relembrou a goleada histórica da Alemanha sobre o Brasil na semifinal da Copa do Mundo de 2014, classificando o episódio como a pior noite da sua carreira. Além disso, afirmou que a Seleção atuou de forma “presunçosa” naquele duelo.
“Foi a pior noite da minha carreira. Jogávamos um grande futebol, mas perder de 7 a 1 dentro da nossa casa era impensável. Uma dor enorme, eu estava destruído e em lágrimas. A verdade é que não estávamos preparados para perder, não imaginávamos uma derrota”, iniciou David Luiz.
“No ano anterior, havíamos vencido a Copa das Confederações contra uma Espanha cheia de craques. Contra a Alemanha, no Mundial, tivemos um blackout coletivo. Mesmo quando estava 3 a 0, em campo nós dizíamos: ‘Ok, agora vamos marcar e virar’. Em vez disso, continuávamos afundando. Fomos presunçosos demais”, completou.
Apesar da dor e das noites sem sono que se seguiram ao 7 a 1, David Luiz enfatizou que a experiência serviu como uma lição de vida e de carreira. O trauma o forçou a desenvolver uma nova perspectiva sobre resiliência e sobre a forma de lidar com fracassos.
“Mas aquela partida me ensinou muito: como reagir depois de uma derrota, o que significa passar meses tendo pesadelos, pensando noite após noite no que você poderia ter feito. Não dormi por semanas. No fim, porém, acho que aquilo me serviu muito como lição”, refletiu o defensor.
Futuro como treinador
Com 38 anos e já se aproximando do fim da carreira como jogador, o zagueiro também compartilhou seus planos para o futuro, revelando que tem estudado a possibilidade de se tornar treinador. David Luiz destacou que já vem se preparando para a transição e que encara a próxima fase com otimismo.
“Esse será o meu futuro. Tenho pensado nisso há muito tempo, poderia começar no Chipre, nunca se sabe. Também escrevi meu dossiê sobre futebol e sobre a vida. Estou em um momento particular da minha carreira; o que sempre digo é que é preciso sentir-se feliz, e eu estou: o futebol é tudo para mim”, projetou.
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