STJD interrompe julgamento de recurso de Bruno Henrique após pedido de auditor
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) interrompeu o julgamento do recurso da defesa do atacante Bruno Henrique, que tentava a anulação da condenação pela suspensão de 12 jogos por tomar um cartão amarelo e beneficiar apostadores, nesta segunda-feira (9). O pedido de vista foi feito pelo auditor Marco Aurélio Choy, que seria o segundo a votar.
“Eu vou pedir vista, considerando a complexidade da questão”, disse Choy.
A expectativa é que uma sessão extraordinária seja marcada para quinta-feira (13), às 15h (de Brasília), quando o caso voltará a ser analisado para os oito votos restantes.
Antes da interrupção, o relator Sérgio Furtado Coelho votou pela absolvição do jogador no artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) – atuar de forma contrária à ética desportiva -, mas sugeriu condenação no artigo 191 – deixar de cumprir ou dificultar o cumprimento de uma obrigação legal, de uma deliberação de entidade esportiva ou de regulamento de competição -, com multa de R$ 100 mil e sem punição de partidas.
“O acervo probatório não demonstra de maneira inequívoca que Bruno Henrique tem atuado com a finalidade específica de manipular o resultado da partida”, disse Sérgio, que completou.
“Tal solução, harmoniza o dever de reprovar comportamentos que ferem a integridade regulatória do desporto com a necessidade de preservar a proporcionalidade sancionatória e o devido processo disciplinar”.
As defesas do jogador e do Flamengo buscavam fazer com que o mérito da questão não fosse analisado, assim como aconteceu na primeira instância, em setembro. No entanto, foi negado por nove votos a zero.
O camisa 27 rubro-negro esteve presente no Pleno para acompanhar o julgamento ao lado de seu empresário.
Do que Bruno Henrique foi acusado?
No Campeonato Brasileiro de 2023, no dia 1° de novembro, Bruno Henrique recebeu um cartão amarelo e depois um vermelho nos acréscimos da derrota para o Santos, por 2 a 1, no Mané Garrincha, em Brasília.
Ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro em novembro de 2024. Em abril de 2025, foi indiciado pela Polícia Federal por fraude e estelionato. A pena por fraude é de dois a seis anos de prisão e por estelionato é de um a cinco anos de reclusão.
De acordo com as investigações, o irmão de Bruno Henrique, Wander Nunes Júnior, sabia que ele receberia o cartão na partida, apostou nisso e passou a informação adiante. Há outros familiares do jogador envolvido no caso.
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