STJD absolve Bruno Henrique e jogador está liberado para jogar pelo Flamengo
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) absolveu o atacante Bruno Henrique da acusação de ter tomado um cartão amarelo para beneficiar apostadores. Em sessão realizada nesta quinta-feira (13), o Pleno decidiu, por 5 a 3 nos votos, anular a suspensão de 12 jogos imposta ao jogador do Flamengo, que terá de pagar apenas uma multa de R$ 100 mil.
Com isso, o camisa 27 está à disposição de Filipe Luís para os últimos seis jogos do clube carioca no Campeonato Brasileiro. Havia a preocupação de que, caso condenado, perdesse a reta final da competição.
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Bruno Henrique foi acusado de infringir o artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) – atuar de forma contrária à ética desportiva – em setembro. A Procuradoria do Tribunal, porém, defendia que o atacante fosse enquadrado no artigo 243, que trata de atuar deliberadamente de modo prejudicial à equipe que defende, com agravante de promessa de vantagem indevida.
A acusação sustenta que o atleta obteve benefício pessoal com o episódio, enquanto o Flamengo foi prejudicado pela sua conduta. No entanto, ele foi enquadrado no artigo 191, III, do CBJD, por deixar de cumprir o regulamento específico da competição.
Como foram os votos
- Sérgio Furtado Coelho Filho (relator) – multa de R$ 100 mil (art. 191)
- Marco Aurélio Choy – multa de R$ 100 mil (art. 191)
- Maxwell Borges Vieira – 270 dias e multa de R$ 75 mil (art 243)
- Luiz Felipe Bulus – 12 partidas (art 243-A)
- Rodrigo Aiache – multa de R$ 100 mil (art. 191)
- Antonieta Silva Pinto – multa de R$ 100 mil (art. 191)
- Mariana Barreiras – 270 dias e multa de R$ 75 mil (art 243)
- Marcelo Bellizze – multa de R$ 100 mil (art. 191)
- Luís Otávio Veríssimo Teixeira (presidente) – multa de R$ 100 mil (art. 191)
Entenda o caso
No Campeonato Brasileiro de 2023, no dia 1° de novembro, Bruno Henrique recebeu um cartão amarelo e depois um vermelho nos acréscimos da derrota para o Santos, por 2 a 1, no Mané Garrincha, em Brasília.
Ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro em novembro de 2024. Em abril de 2025, foi indiciado pela Polícia Federal por fraude e estelionato. A pena por fraude é de dois a seis anos de prisão e por estelionato é de um a cinco anos de reclusão.
De acordo com as investigações, o irmão de Bruno Henrique, Wander Nunes Júnior, sabia que ele receberia o cartão na partida, apostou nisso e passou a informação adiante. Há outros familiares do jogador envolvido no caso.
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