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Exclusivo 365Scores: Savarino fala sobre propostas recebidas, Libertadores e o futuro no Botafogo

Por: Fellipe Perdigão, Lucas Pires e Rodrigo Calvino

Camisa 10 do Botafogo no ano mágico de 2024, em que o time conquistou a Libertadores e o Brasileirão, Jefferson Savarino atingiu no último domingo (9) a marca de 100 partidas com a camisa alvinegra.

O Botafogo foi o terceiro time pelo qual Savarino alcançou o número na carreira. Os outros foram o Zulia (Venezuela) e Real Salt Lake (Estados Unidos) – o meia ainda “bateu na trave” pelo Atlético-MG, deixando o clube com 99 partidas disputadas.

Pronto para voltar aos gramados depois da pausa da Data Fifa, em que aproveitou a folga para comemorar seu aniversário de 29 anos, o camisa 10 conversou de forma exclusiva com o 365Scores e revelou que recebeu propostas de outros clubes brasileiros antes de fechar com o Botafogo:

“Eu falo muito pouco disso, mas tive muitos times aqui no Brasil que queriam meus serviços. Tive o Palmeiras, o Cruzeiro, o São Paulo, muitos times. Mas decidi escolher o Botafogo, porque eu ia ser um jogador importante aqui.”

Savarino também falou sobre seu momento no Botafogo, recordando o título da Libertadores, que completa um ano no próximo dia 30.

Em um time que contou com nomes como Luiz Henrique, Igor Jesus e Thiago Almada, Savarino não teve seu brilho ofuscado, e foi de extrema importância na equipe treinada por Artur Jorge.

Seja com a sua tradicional chuteira preta ou não, Savarino contribuiu com 14 gols e 12 assistências ao longo de 55 jogos em 2024. Quatro deles foram na Libertadores, além de três passes para gol.

Apesar de já ter disputado a Libertadores pelo Atlético-MG, Savarino foi campeão pela primeira vez do torneio em 2024 — justamente contra o ex-clube na final. A partida ficou marcada pelo fato do Botafogo vencer por 3 a 1 mesmo com um jogador a menos desde os 29 segundos.

Esse foi um jogo de muito sacrifício. Perdemos o Gregore no começo. Mas a gente tirou força de onde a gente não tinha. Saiu tudo bem para conquistar esse título muito importante para a nossa carreira.

Savarino sobre a final da Libertadores

“Eu nunca imaginei que a torcida do Botafogo iria lotar quase toda a sua parte do estádio. Eles jogaram junto também com a gente. Não só nesse jogo, mas em toda a temporada. E para nós, ajudava muito, tanto dentro como fora do campo. Todas as conquistas que a gente conquistou foram por causa do torcedor botafoguense”, completou.

Assistência contra o PSG e Mundial de Clubes

Além de eternizar o grupo de jogadores de 2024, o título da Libertadores credenciou o Botafogo a disputar a inédita Copa do Mundo de Clubes. Os ânimos, porém, foram contidos cedo, uma vez que o Glorioso caiu no Grupo da Morte ao lado de Atlético de Madrid e PSG, campeão da Champions League meses antes.

Em uma espécie de “final simbólica” entre o campeão da América e Europa, o Botafogo chocou o mundo e conseguiu vencer o PSG por 1 a 0 — dessa vez com 11 em campo e participação de Savarino no gol, que deu assistência para Igor Jesus.

“Esse era um jogo que, talvez, todo mundo não sabia que a gente poderia ganhar, mas a gente foi com uma mentalidade muito grande para esse jogo”, explicou Savarino.

“Tivemos uma chance no jogo e a gente fez com o Igor Jesus. Ganhamos um jogo que ficará marcado na história, não só no futebol brasileiro, mas também para o Botafogo”, completou o venezuelano, que ainda brincou ao reforçar que, apesar de ser uma grande vitória contra o PSG, a final da Liberta segue sendo seu jogo favorito.

Savarino celebrando a vitória do Botafogo contra o PSG no Mundial (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

Veja outras respostas de Savarino ao 365Scores:

Como foi a negociação para vir ao Botafogo em janeiro de 2024?

“Olha, na verdade eu falo muito pouco disso, da minha negociação com o Botafogo, mas sim, tive muitos times aqui no Brasil que queriam meus serviços. Tive o Palmeiras, o Cruzeiro, o São Paulo, tive muitos times.

Mas eu decidi escolher o Botafogo, porque eu ia ser um jogador importante aqui. Também pelo projeto que tinha o presidente desse clube. Para mim não foi muito difícil escolher o Botafogo pelo projeto que tinha o clube.”

Você é um cara mais na sua, né? Você acha que, por conta desse seu jeito mais quieto, é um pouco subestimado?

“Olha, eu não penso muito nisso. Eu sempre me importo em fazer o meu melhor para o clube onde eu jogo, por fazer os meus melhores números. Eu deixo isso para os jornalistas, para a torcida falar disso, mas eu sempre tento dar o meu melhor para o Botafogo.”

Teve algum jogador que te surpreendeu no Mundial? Do PSG ou de algum outro time que você enfrentou?

“O Vitinha me surpreendeu muito. É um jogador que não fica quieto em nenhum lugar do campo. É um jogador extraordinário e, também, pelo jeito que joga, é muito parecido com o meu jeito de jogar. Me surpreendeu muito a sua forma de jogar.”

Qual a projeção para o seu futuro no Botafogo?

“A verdade é que a gente agora está pensando em finalizar esses jogos que a gente tem pelo Brasileirão da melhor maneira. E conseguir o objetivo que a gente traçou, que foi classificar para a Libertadores.

Não tem sido um ano muito bom, porque perdemos muitos títulos. Então a gente traçou esse objetivo. Meu pensamento é finalizar a temporada bem e deixar o Botafogo onde ele merece estar.”

Mantém contato com os jogadores que saíram do Botafogo? Viu que o Igor Jesus postou uma foto com a camisa?

“Sim, ele é muito Botafogo. Ele pegou um carinho muito grande pelo Botafogo e com a torcida também. Parabéns a ele pelo filho que está a caminho. Eu sempre falo com ele, ele me mandou mensagem agora no meu aniversário. Sempre falo com quase todos os jogadores que passaram aqui pelo Botafogo.”

Dos jogadores que chegaram nesse ano ao Botafogo, com quais você se relaciona melhor?

“Na verdade, com todos os gringos eu sempre me dei bem. Com os que estavam o ano passado e agora com os que chegaram. São jogadores muito bons que passaram por um momento de adaptação e a gente ajudou muito eles para se adaptarem o mais rápido possível.

O Tucu (Joaquín Corrêa), o Montoro, o Santi são jogadores muito especiais com uma técnica impressionante. Que podem ajudar o clube não só no presente, mas também no futuro.

E tem muitos jogadores, posso falar do Danilo também, jogador que também vai ser muito importante para o Botafogo. São jogadores que atuaram em grandes clubes.”

Como é a relação com o Montoro, que é visto como uma joia?

“A gente sempre fala com ele, cada dia melhorar, cada dia fazer um melhor dentro do campo. É um jogador com uma técnica diferenciada. Ele tem que pegar isso para ser melhor a cada dia e crescer como jogador.”

E o Barboza? Curte as músicas que ele bota para tocar?

“Olha, ele sempre bota uma música diferente no vestiário que todo mundo fica chateado. Mas quando a gente está feliz, quando a gente ganha um jogo, vai ter sempre uma música do Barboza. Mas tem um momento também que ele fica chateado e daí não escuta.

É um cara que sempre tem o vestiário alegre, que sempre ajuda o vestiário. E um cara assim no vestiário é muito importante para a gente crescer.”

O pessoal te chama de Savaliso, Savagol, Savalindo. Tem algum apelido que você prefere?

“Não tenho um preferido, na verdade. Como você falou, me chamam de muitos apelidos aí. Mas por minhas características dentro do jogo, Savaliso acho que é o melhor. É o que mais se enquadra, né?”

Existe uma superstição com a chuteira preta? Porque em todos os gols e jogos importantes do Botafogo, você estava com a chuteira preta.

“Não sou muito disso, na verdade. Mas consequentemente, quando eu jogo com chuteira preta, faço gol ou faço assistência. Mas o meu pensamento não está nisso. Na verdade, eu represento a minha marca, que é a Adidas, então sempre tento usar a chuteira que me mandam usar.

Sempre tem uma chuteira que a gente gosta mais. Por isso, eu tenho uma chuteira preta que sempre uso para jogos, entende?

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Lucas Pires

Jornalista graduado pela ESPM do Rio de Janeiro que, além de compartilhar histórias, gosta de mostrar o lado curioso delas. Editor com redação voltada para esportes americanos, lutas e futebol como um todo.

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