Rodrigo Caetano revela bastidores de chegada de Ancelotti à Seleção: “Sempre foi a prioridade”
Atual Coordenador Executivo Geral das Seleções Masculinas da Confederação Brasileira de Futebol, Rodrigo Caetano foi o convidado da semana do Basticast. Na conversa com Lucas Lustoza e Sabrina Grimberg, o dirigente comentou sobre a chegada do treinador Carlo Ancelotti à Seleção.
Rodrigo Caetano revelou bastidores da contratação de Ancelotti, destacando que o italiano sempre foi a prioridade para assumir o cargo deixado por Dorival Júnior. O dirigente também exaltou o treinador, afirmando que, além de um profissional de alto nível, o técnico demonstrou ser uma pessoa extremamente humilde.
“O Ancelotti sempre foi a prioridade, mas nós tínhamos que trabalhar com opções caso ele permanecesse no Real Madrid. Quis o destino que acabasse convergindo para que ele saísse do Real Madrid e aceitasse o convite da CBF. Era uma retomada de negociação anterior à minha chegada. O presidente Ednaldo trouxe essa pauta de novo e, com a sinalização do Ancelotti, começamos a conversar. A parte negocial já estava acordada daqui. Acabou que eu e o Juan fomos a Madrid finalizar esse processo de trabalho, mostrar como é a CBF, o que é treinar a Seleção, fomos ajustar detalhes”, iniciou Rodrigo Caetano.
“Falando da pessoa dele, é um cara com quem, em pouco tempo, eu tive um nível de identificação muito grande, e comprova que os grandes são os mais simples. Um cara desprovido de vaidade, o ambiente com ele é muito leve, ele participa de tudo, mas confia demais nos profissionais, inclusive nos que ele passou a conhecer aqui. O tempo todo nos dá feedback da satisfação com os profissionais que temos. Adora morar aqui no Rio. Veio para cá de corpo e alma e quer muito ficar mais tempo aqui. Ele bota energia naquilo em que tem que colocar energia”, complementou.
Rodrigo Caetano também comentou sobre o episódio envolvendo Oswaldo de Oliveira e Emerson Leão em um evento da Federação Brasileira dos Técnicos. Na ocasião, eles se disseram contra a presença de treinadores estrangeiros no Brasil, e o primeiro chegou a afirmar que quer que Ancelotti deixe a Seleção após o término da Copa do Mundo de 2026.
O dirigente reconheceu que as falas dos técnicos geraram, sim, um mal-estar, mas destacou que Ancelotti não se incomodou com a situação. Caetano afirmou ainda que respeita a opinião dos treinadores, mas que ela não representa o povo brasileiro nem a maioria dos profissionais do futebol.
“O objetivo era homenagear o Ancelotti e os técnicos brasileiros. As opiniões dadas no palco, por estar sendo transmitido, geraram um certo mal-estar, mas para o Ancelotti foi zero — ele até brincou que não tinha ouvido bem porque estava de costas. Eles já haviam conversado com ele antes sobre experiências e outros temas, e ele não levou nada adiante. A repercussão negativa ficou para os técnicos brasileiros, não para o Ancelotti”, disse Caetano.
“Cabe a nós — e a ele também — respeitar a opinião dos dois. Se havia mais gente e não se manifestou, ok, mas a opinião deles não representa o povo brasileiro nem a maioria dos técnicos. Para nós, assunto encerrado”, concluiu.
Rodrigo Caetano no Basticast!
Rodrigo Caetano é o atual Coordenador Executivo Geral das Seleções Masculinas da CBF, cargo que assumiu em fevereiro de 2024. Antes de integrar a entidade, construiu uma carreira de sucesso como executivo de futebol em grandes clubes, como Grêmio, Vasco, Flamengo e, mais recentemente, Atlético-MG, onde foi peça-chave nas conquistas do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil de 2021.
Sua principal missão na Seleção é gerenciar a reestruturação e o planejamento das equipes masculinas em todas as categorias — da base à principal — atuando como elo entre o comando da CBF e a comissão técnica. Nesta conversa com Lucas Lustoza e Sabrina Grimberg, Caetano fala sobre o futuro da Seleção, preparação para a Copa do Mundo e outros temas. Confira!
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