Renato Gaúcho revela bastidores do Grêmio e despista sobre Ancelotti na Seleção: “Temos bons treinadores no Brasil”

Atualmente no Grêmio, o treinador Renato Gaúcho concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Diogo Dantas, do jornal “O Globo”. Na conversa, o ex-jogador revelou bastidores de sua passagem pelo Flamengo e ainda comentou sobre o futuro da seleção brasileira.

Questionado se apoia a vinda de Carlo Ancelotti, Renato despistou. “Não vou me meter, fica a cargo da CBF. Só acho que temos bons treinadores no Brasil. Não à toa conquistamos os maiores títulos“, disse.

Renato ainda comentou sobre qual o estilo de treinador que ele gostaria de ver comandando a Seleção. “Depende muito do treinador, do estilo dele. No Grêmio tenho plano A e B, depende. Acho que o Brasil tem grande vantagem pra próxima Copa, tem muitos jovens bons aparecendo, daqui quatro anos vão estar bem mais experientes, com idade boa, e muitos jogando na Europa”, afirmou.

Muitas das pautas envolveram o Flamengo, clube que treinou em 2021 e não conseguiu títulos de expressão. “A minha passagem pelo Flamengo foi maravilhosa, só faltou o título. Lembrando que cheguei no meio tiroteio. Falei: “Olha, as três competições é difícil de chegar”. Mesmo assim chegamos”, iniciou.

“Com Jesus, foram duas competições disputadas e ninguém estava machucado. Comigo, não disputei Estadual, disputei Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil. Tive mais de 70% de aproveitamento, e joguei a final da Libertadores com alguns jogadores com 50% das condições físicas”, completou.

Na final da Libertadores em questão, o Rubro-Negro acabou derrotado pelo Palmeiras, por 2 a 1, na partida em que Andreas Pereira cometeu o erro que minou sua passagem pelo clube carioca. Para Renato, o meia merecia uma vaga na Seleção.

“Ele é um puta profissional, o Andreas. No Brasil, o cara erra e é crucificado. Não sei como ele não está na seleção brasileira… Eu daria uma chance. Mas por causa de um erro é massacrado”, disse.

Nova jornada no Grêmio

Questionado sobre as pretensões para a temporada do Grêmio, Renato afirmou que o Brasileirão tende a ser disputado do início ao fim. “O importante foi que a torcida do Grêmio voltou a acreditar no grupo. Mudamos muitos jogadores. Da segunda para primeira divisão, contratamos de 10 a 12 jogadores. Achei uma forma de jogar diferente, em pouco tempo, com novos jogadores. A gente pretende o que todos pretendem, ganhar o Brasileiro, brigar pela Copa do Brasil. Tenho visto os times todos jogarem, não tem um time no Brasil que possa se dizer que vai ser campeão. Tá muito parelho. Se me derem mais três ou quatro reforços, podemos brigar”, comentou.

Renato Gaúcho também falou que, mesmo morando no Sul, fez um acordo com o Grêmio para continuar indo ao Rio de Janeiro em suas folgas. “Fui uma vez no Rio, uma folga, não atrapalha em nada, vou continuar indo. Eu costumo perguntar aqui o seguinte: vocês preferem que tenha folga pra ir de vez em quando e não tenha multa no contrato, ou preferem R$ 5 milhões de multa e que eu não vá?”, iniciou.

“No Rio vou ver minha família, meus amigos, jogar meu futevôlei, tomar meu chope. Tem gente que gosta de pescar, de nadar. Tenho meu direito a folga, gosto de futevôlei e praia. É a mesma coisa”, finalizou.

Confira outras respostas do treinador:

Sobre o aumento no número de técnicos portugueses no Brasil desde Jorge Jesus:

“Quando o cara é bom, tem espaço. Não vamos pegar um ou dois e achar que todo mundo é bom. Não tenho visto isso. Vejo que se tem paciência muito grande com portugueses aqui no Brasil. Muita gente não tem essa paciência com os brasileiros, por que vai ter com os portugueses? E futebol é resultado. Se derem resultado, tudo bem, se não derem a fila tem que andar.”

Sobre o sonho de treinar a Seleção:

“Todo treinador tem que ter pretensão de chegar na seleção. Eu trabalho no clube pra um dia ter uma oportunidade. Se ela chegar, ótimo. Se não continuarei trabalhando. O treinador tem que pensar grande.”

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