Palmeiras se posiciona sobre “pressão descomunal” de clubes contra a arbitragem
O Palmeiras se posicionou a respeito dos protestos de clubes e jogadores contra a arbitragem do futebol brasileiro. Por meio de uma nota oficial, o Verdão acusou os times de estarem “instaurando caos” e “coagindo entidades” ao fazer pressão contra supostos erros.
Envolvido diretamente em um dos lances mais polêmicos da 27ª rodada do Campeonato Brasileiro, o time paulista reafirmou ser a favor da profissionalização dos árbitros e maiores investimentos na categoria. No entanto, crava ao dizer que há uma “pressão descomunal” contra a CBF e defendeu a entidade.
“A Sociedade Esportiva Palmeiras vê com preocupação a pressão descomunal que alguns clubes têm exercido publicamente, e também nos bastidores do futebol brasileiro, com o intuito de instaurar o caos, beneficiando-se dele para coagir entidades e indivíduos em busca de vantagens futuras e criando narrativas que tentam macular o competente trabalho realizado pela nossa instituição. O Palmeiras, como se sabe, é amplamente favorável à profissionalização dos árbitros e defende mais investimentos em tecnologia e na formação da categoria, entre outras melhorias. O nosso compromisso com o desenvolvimento do futebol brasileiro está acima de qualquer interesse individual.”, escreveu o clube.
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Enquanto o São Paulo protesta fortemente contra um suposto pênalti não marcado em Gonzalo Tapia, o Palmeiras também se viu prejudicado por um suposto cartão vermelho não aplicado em Alan Franco por cotovelada em Sosa.
No último sábado (4), o Grêmio também alegou erros de arbitragem durante a derrota por 1 a 0 para o Bragantino, fora de casa. O Imortal reclama de uma expulsão equivocada do zagueiro Walter Kannemann e de um pênalti assinalado nos acréscimos. O lateral Marlon deu uma forte entrevista após a partida.
A Comissão de Arbitragem da CBF então decidiu afastar os árbitros de São Paulo x Palmeiras e Grêmio x RB Bragantino. A decisão vem após uma repercussão muito negativa após lances polêmicos em ambos jogos, válidos pela 27ª rodada do Brasileirão.
Confira na íntegra a nota oficial do Palmeiras
A Sociedade Esportiva Palmeiras vê com preocupação a pressão descomunal que alguns clubes têm exercido publicamente, e também nos bastidores do futebol brasileiro, com o intuito de instaurar o caos, beneficiando-se dele para coagir entidades e indivíduos em busca de vantagens futuras e criando narrativas que tentam macular o competente trabalho realizado pela nossa instituição.
É demasiado cômodo creditar a uma decisão do árbitro – e somente a ela – uma virada épica, conquistada com o gosto do suor e três gols anotados em um intervalo de 19 minutos. Até porque também houve marcações da arbitragem desfavoráveis ao Palmeiras, como as não expulsões do meio-campista Bobadilla e do zagueiro Alan Franco, que desferiu uma cotovelada no rosto do atacante Ramón Sosa em um lance sonegado pelo VAR – e ignorado pelos hipócritas da ocasião.
Cabe salientar que, mesmo quando se sente prejudicada, a diretoria do Palmeiras raramente se manifesta em público sobre o tema arbitragem, pois respeita os fóruns de discussão adequados e, acima de tudo, não terceiriza sua responsabilidade nos momentos adversos. Essa postura, por sinal, ajuda a explicar o sucesso que temos obtido ao longo dos últimos anos: olhamos sempre para nós mesmos e trabalhamos sem buscar subterfúgios nem construir desculpas para as nossas derrotas.
O Palmeiras, como se sabe, é amplamente favorável à profissionalização dos árbitros e defende mais investimentos em tecnologia e na formação da categoria, entre outras melhorias. O nosso compromisso com o desenvolvimento do futebol brasileiro está acima de qualquer interesse individual. Por essa razão, aliás, o Palmeiras, entre os candidatos ao título da Série A, será o único clube a atuar durante a atual Data Fifa, mesmo com a equipe extremamente desfalcada em razão de atletas convocados para suas seleções.
Compreendemos que o crescimento coletivo da nossa indústria exige renúncias, espírito de colaboração e o fim do egoísmo que, lamentavelmente, ainda norteia a conduta de dirigentes que ora apelam à gritaria, ora recorrem a acusações sem provas para justificar resultados negativos. Neste sentido, esperamos que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) seja enérgico com aqueles que, de forma irresponsável, lançam suspeitas indevidas sobre pessoas e instituições.
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