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Exclusivo: Luiz Henrique aponta 2024 pelo Botafogo como “melhor ano da vida”

Por Lucas Pires e Rodrigo Calvino

Não é todo dia que você chega em um clube tradicional, que não conquista títulos de relevância há quase 30 anos, e se torna um verdadeiro rei. Foi o caso de Luiz Henrique em 2024 pelo Botafogo.

Contratado junto ao Real Betis, o atacante revelado pelo Fluminense surpreendeu ao voltar para o Brasil aos 23 anos. O destino foi ainda mais inesperado, já que poderia retornar ao clube em que começou, ou até mesmo escolher o Flamengo, potência que tinha interesse em sua contratação.

Os astros se alinharam e a decisão de se juntar ao Botafogo foi mais do que correta. Como mesmo diz em entrevista exclusiva com o 365Scores, Luiz Henrique, assim como a torcida mais pessimista do país, não esperava que iria ter tanto sucesso em 2024.

Foi o melhor ano da minha vida. Não tenho que só pra mim, mas também para os torcedores e outros jogadores que estavam comigo no Botafogo. Foi um ano para guardar na memória para sempre. Até eu não pensava que seria desse jeito“, disse em exclusiva ao 365Scores.

Com Luiz Henrique e outras estrelas que ficarão marcadas para sempre na história, o Botafogo conseguiu a rara conquista da Libertadores e Brasileirão no mesmo ano. Além do Glorioso, apenas Flamengo (2019) e Santos (1962 e 1963) conseguiram o feito. Foi a primeira vez que o clube venceu o torneio continental em sua história. LH, que marcou na final contra o Atlético-MG, foi eleito o Rei da América.

“Sempre recebo mensagens pelo ano de 2024, que foi o melhor ano da vida dos torcedores. Isso para mim não tem preço, eu só agradeço pelo carinho que essa torcida e o Botafogo tem por mim e pelos jogadores que passaram por lá em 2024. Foi um ano histórico e maravilhoso que a nossa família passou”, completou.

Novo símbolo de idolatria no Botafogo

Os títulos geraram um alvoroço natural para uma torcida que estava há tanto tempo na fila de espera. Consequentemente, por ser um dos grandes heróis, Luiz Henrique virou ídolo.

Na última quarta-feira (5), por exemplo, torcedores o homenagearam com um novo mural nos arredores do Nilton Santos. Apesar de ser Tricolor declarado desde a infância, sua identificação se tornou ímpar com o Botafogo. Em vindas recentes ao Brasil, LH fez questão de frequentar o Nilton Santos e devolver o carinho.

Para um garoto de 24 anos, ainda é difícil assimilar o peso dos feitos do ano passado. Por isso, Luiz acredita que a ficha só irá cair quando ele se aposentar e viver essa idolatria com calma.

“Vem caindo a ficha aos poucos. Muitos dos meus amigos, meu fisioterapeuta me fala que a ficha só vai cair quando eu parar de jogar. Que eu vou lá no clube, visitar, ver meu mural… Pra mim não tem preço isso”.

“Eu fico muito feliz e contente com tudo que está acontecendo comigo esse ano e ano passado também. São coisas muito grandes que venho conquistado no futebol”, completou.

“Nem sempre o jogador vai estar no alto nível, mas com seu esforço, você pode sempre estar melhor. Fico feliz com isso que aconteceu pelo Botafogo em 2024, mas preciso dar continuidade no meu trabalho pra alcançar mais coisas incríveis”, concluiu.

Outras respostas de Luiz Henrique na entrevista ao 365Scores:

  • Em relação a adversários, qual foi aquele marcador que mais te deu trabalho? Aquele que você teve muita dificuldade em driblar, ou nem isso conseguiu.

“O Gustavo Gómez, do Palmeiras, era bem difícil. Tem o Léo Ortiz também, do Flamengo, que era muito inteligente e rápido. O Gómez é inteligente e experiente também. Era difícil passar por eles. Quando chegava perto deles, via que tinha dificuldades. Podia passar, mas com dificuldade.”

  • Com quais jogadores você mantém contato?

“Eu tenho contato ainda um pouco com o Alex Telles, ele até me enviou mensagem porque postei o vídeo do gol que fiz no Vasco. Me falou que estava com saudades. Eu falava mais com o Igor Jesus, também falava com o Thiago Almada. Mas sempre que dá eu estou vendo jogos do Botafogo, assistindo, torcendo, comentando nas redes sociais do Botafogo, e também do Barboza. Fico feliz por estar lá construindo a história dele no clube. Estou sempre torcendo e mandando energia positiva.”

  • Por ser jovem, você não deixa de lado esse futebol alegre, sempre respondendo na bola. Como você leva a provocação no futebol?

“Provocação sempre vai existir, mas o jogador tem que estar focado na partida. O mais importante é você não perder sua cabeça dentro da partida, querer brigar com o adversário porque ele te provocou.

Para a gente assim, que joga alegre, gosta de mostar o futebol leve em campo, sempre vai ter uma provocação do adversário que marca a gente. Então que a gente não perca a cabeça, porque se não estiver focado, vai acabando sendo expulso, querendo dar um pisão no adversário.

Sempre quero jogar meu futebol tranquilo e feliz para que eu possa desfrutar, sorrindo dentro de campo mesmo com o adversário provocando. Isso não me impede de mostrar minha alegria e futebol. Muitos falam aqui na Rússia que o futebol do Brasil é o futebol bonito.

Até para eu passar uma imagem para as crianças que estão me assistindo. Todas as partidas a que vou a campo, vou feliz e concentrado para mostrar meu melhor futebol.”

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Lucas Pires

Jornalista graduado pela ESPM do Rio de Janeiro que, além de compartilhar histórias, gosta de mostrar o lado curioso delas. Editor com redação voltada para esportes americanos, lutas e futebol como um todo.

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