A Justiça francesa está investigando o PSG por fraude fiscal na contratação do atacante Neymar. Segundo o jornal “Libéracion”, o ex-diretor de comunicação do clube parisiense, Jean-Martial Ribes, teria pressionado o governo francês para conseguir “favores fiscais” na transferência do brasileiro para o time.
Em um relatório de nove páginas enviado, no dia 21 de novembro de 2022, a um magistrado de instrução, ao qual a agência AFP obteve acesso nesta quarta-feira (03), os investigadores se perguntam sobre um possível caso de “tráfico de influência” que envolveria Hugues Renson, ex-deputado do partido do presidente Emmanuel Macron e ex-vice-presidente da Assembleia Nacional Francesa.
Em troca, Renson “se beneficiou de inúmeros ingressos para jogos” da equipe francesa, além de outras vantagens, durante o período em que foi deputado.
Além disso, o documento contém trocas de mensagens encontradas no telefone do ex-dirigente do PSG e o ex-deputado, além de uma ex-assessora do Palácio do Eliseu, residência oficial da Presidência da Repúbica da França.
Para a lei francesa, de acordo com o jornal, a rescisão de 222 milhões de euros paga pelo clube poderia ser considerada como um adiantamento do salário do jogador. Nesse caso, o PSG deveria ter pago o valor devido à Seguridade Social e o imposto de renda.
Fontes próximas ao caso garantiram que a investigação sobre as condições de fiscalização da cláusula de Neymar está em sua fase inicial. Até o momento, nenhuma das partes respondeu aos contatos feitos pela AFP.
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