A Justiça do Rio de Janeiro determinou na noite da última sexta-feira (24) a interdição de São Januário, estádio do Vasco. Após a derrota para o Goiás, na quinta-feira (23), pela 11ª rodada do Brasileirão, torcedores cariocas atiraram rojões, quebraram estruturas e entraram em confronto com a polícia.
A decisão ocorreu em caráter liminar pelo juiz Bruno Arthur Mazza, do Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos, em que acata um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro. Com isso, a partir de agora, o estádio está proibido de receber qualquer evento “até que reste comprovada a presença das condições necessárias por meio de laudos técnicos atualizados dos órgãos estatais e do Perito do Juízo“.
Desta forma, o estádio São Januário não poderá receber a partida entre Vasco e Cuiabá, pela 12ª rodada do Brasileirão, na próxima segunda-feira.
Até o momento, o Cruz-Maltino não falou publicamente sobre o ocorrido.
Confira uma parte do trecho da decisão
“…torcedores e demais participantes do evento tiveram o seu direito à segurança flagrantemente violado pela inicial atuação criminosa de um grupo de indivíduos e posterior ausência de estrutura física mínima e de preparação dos funcionários do clube réu em executar o plano de ação e de contingência que garantissem a pronta retirada dos torcedores daquele cenário de guerra instalado no interior e exterior da arena esportiva.
Ademais, ainda que se possa afastar qualquer ligação entre as pessoas que iniciaram os atos de violência e o clube réu, há de se buscar, neste momento, resguardar a segurança dos torcedores, com a interdição temporária do Estádio de São Januário até que se comprove a existência de condições de segurança com a apresentação de laudos técnicos atualizados dos órgãos estatais responsáveis, especialmente diante dos danos causados no local.”
No pedido, o MP argumentou que o estádio foi alvo de ação similar em 2017, após a confusão no clássico contra o Flamengo. Além de haver registros de confusão, por exemplo, na vitória do Vasco sobre o Criciúma pela Série B do ano passado.
Além da interdição de São Januário, o promotor Rodrigo Terra solicitou a condenação do Vasco por danos morais aos torcedores, com multa no valor mínimo de R$ 500 mil que seriam direcionados ao Fundo de Reconstituição de Bens Lesados. Essa questão não foi apreciada na liminar e terá seu mérito discutido mais adiante no processo.
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