Bastidores

Justiça da Suíca anula condenação de Cuca em caso de estupro

O Tribunal Regional de Berna-Mittelland, na Suíça, anulou nesta quarta-feira (03) a sentença que havia condenado o técnico Cuca, na época jogador, por acusações de ter tido relações sexuais com uma menor de idade sob coerção durante uma excursão do Grêmio em 1987. Através das redes sociais, a filha do treinador, Maiara Stival, afirmou que o processo foi anulado pela justiça.

Procurado pelo 365Scores, a assessoria do treinador informou que Cuca não dará entrevista coletiva para explicar o caso, como foi noticiado antes, e nos mandou a nota oficial. Confira abaixo:

“Hoje eu entendo que deveria ter tratado desse assunto antes. Estou aliviado com o resultado e convicto de que os últimos oito meses, mesmo tendo sido emocionalmente difíceis, aconteceram no tempo certo e de Deus”, afirmou em nota.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Segundo o jornal “A Folha de São Paulo”, a decisão não inocenta Cuca no mérito, mas alega que a ausência de representação legal apropriada justifica a anulação da pena e a extinção do processo. O Ministério Público suíço argumentou que o crime estava prescrito, sugerindo a anulação.

Em 22 de novembro de 2023, a juíza Bettina Bochsler aceitou a argumentação da defesa de Cuca, levantando dúvidas sobre a representação legal adequada durante o julgamento.

A defesa do treinador afirma ter reunido dados suficientes para provar a inocência, alegando que não houve estupro ou abuso da jovem Sandra Pfäffli, que na época havia 13 anos. Por sua vez, em dezembro, a juíza determinou o pagamento de 9.500 francos suíços (cerca de R$ 55,2 mil) em indenização a Cuca, reduzindo o valor inicial que era de 13 mil francos (R$ 75 mil).

O caso, que envolve também outros ex-jogadores do Grêmio, não resultou em cumprimento de pena, pois eles não retornaram à Suíça enquanto as condenações eram válidas, e não há tratado de extradição entre Brasil e Suíça.

Cuca viu sua carreira ser impactada após as acusações ressurgirem em 2023, quando foi contratado pelo Corinthians em abril. A pressão resultou na pedida de demissão do clube paulista após apenas dois jogos como técnico.

O caso

Em julho de 1987, o Grêmio realizou uma excursão rumo a Berna, na Suíça, para disputar a Philips Cup Bern, um torneio amistoso que reunia equipes de todo o mundo. Dentre os relacionados para disputar a competição estavam os quatro envolvidos: Cuca, Eduardo Henrique Hamester, Henrique Arlindo Etges e Fernando Castoldi.

Na época, uma garota de 13 anos foi acompanhada de um colega ao hotel, em que o elenco gremista estava hospedado, para pedir autógrafos.

Quando chegou na entrada do local, a menina e o amigo abordaram os jogadores pedindo autógrafos e uma possível troca de camisas. No entanto, os atletas aceitaram só que falaram para fazer isso no quarto. Chegando lá, segundo vítimas ouvidas, eles não quiseram realizar a troca de camisas e assediaram a garota menor.

De acordo com o jornal suíço “De Bund”, na época, a menina relatou que Cuca, Eduardo e Henrique teriam a forçado de ter relações sexuais. No interrogatório, todos negaram as acusações e ainda de acordo com a reportagem da época, o relatório médico forense constatava o encontro de vestígios de sêmen dos dois jogadores Alexi (Cuca) e Eduardo no corpo da garota.

Por dizer que não abusou sexualmente da menor e não ter comparecido ao julgamento, foi condenado à revelia.

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