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Filipe Luís avalia poupar titulares contra o Pyramids no Intercontinental: “A recuperação não está completa”

Após derrotar o Cruz Azul na última quarta-feira (10), o Flamengo enfrenta o Pyramids, do Egito, às 14h (de Brasília) deste sábado (13), pela semifinal do Intercontinental de Clubes. Apesar da importância do duelo, o técnico Filipe Luís não descartou poupar jogadores para o confronto.

“Não posso adiantar nada para vocês. Temos o dia de hoje e parte do dia de amanhã para decidir em função da recuperação dos jogadores. Tem jogadores com mais de 30, 33 anos. A recuperação depois de três dias não é completa. Nosso adversário descansou para jogar esse jogo e nós não. Temos que achar uma equipe competitiva, sólida e fresca”, afirmou Filipe Luís, em entrevista coletiva concedida na manhã desta sexta-feira (12).

Caso vença o Pyramids, o Flamengo enfrentará o PSG na decisão do Intercontinental de Clubes. Seria a segunda vez em que Filipe Luís enfrentaria um clube europeu como treinador: no Mundial de Clubes, o Rubro-Negro venceu o Chelsea na fase de grupos e acabou eliminado pelo Bayern de Munique nas oitavas.

Filipe Luís comentou sobre a repercussão da derrota para o time alemão no Brasil e comparou com a visão positiva obtida no exterior.

“Deixamos uma boa impressão para o futebol mundial, mas não para o futebol brasileiro. Eu não esqueço do massacre que foi depois do jogo contra o Bayern. Para o mundo, o Flamengo deixou uma boa impressão, mas, infelizmente, no Brasil só vale resultado. O Luis Enrique não quer enfrentar o Flamengo, e o Flamengo também não quer enfrentar o PSG, mas não vão ter uma semifinal para correr esse risco”, disse Filipe Luís.

“Luis Enrique assinou o quadro mais bonito do futebol, que é esse PSG autoral dele. O PSG é único no futebol, muito difícil de copiar pelas particularidades; só dá para admirar. No Flamengo, mudou principalmente o fato de termos perdido nosso capitão, Gerson, e o lado direito. Tivemos que nos reinventar. Isso foi o que mais mudou na nossa equipe de lá para cá”, completou.

Filipe Luís também fez uma análise detalhada do Pyramids antes da semifinal. O técnico destacou a fase defensiva como principal ponto forte do clube egípcio e elogiou o atacante Fiston Mayele, referência ofensiva da equipe.

“O Mayele foi o jogador determinante no jogo do Al Ahli, talvez o mais determinante do Pyramids, mas é uma equipe muito sólida, que não se resume a apenas esse jogador. A fase defensiva é muito bem trabalhada; é um treinador que entende muito bem essa fase. Pelo que pude analisar, é um time que se defende muito bem, que entende coberturas e a marcação das linhas”, explicou Filipe Luís.

“O Al Ahli, que é um dos times mais bem trabalhados da Arábia, sofreu muito para entrar no bloco defensivo deles. Teremos que estar muito bem posicionados taticamente, mas o principal é que os jogadores estejam com criatividade e ousadia em dia para esse jogo”, concluiu o treinador.

Veja outras respostas de Filipe Luís

Favoritismo do Flamengo sobre o Pyramids

“Não sei se é um defeito meu ou não, mas eu nunca me sinto favorito como treinador. Sempre estou ansioso e vejo a equipe rival como a melhor do mundo e vejo coisas muito boas. Acho que amanhã vai ser uma partida muito difícil pelo o que analisei e vejo. Imagino isso.”

“Claro, eles tiveram partidas ruins antes também, mas são pouquíssimas. Perderam apenas uma/duas partidas desde agosto. É uma equipe que está acostumada a ganhar e competir. Não me sinto nada favorito. Sei que tenho os melhores jogadores, mas não me sinto favorito.”

Dificuldade do Intercontinental de Clubes

“Primeiro, é difícil esse torneio, mas o mais difícil é chegar aqui porque você tem que passar por muitos desafios e ganhar a libertadores. E a distância dos clubes europeus dos outros da elite é maior, mas é um jogo tudo pode acontecer, chegamos na prorrogação contra o Liverpool, e o Palmeiras na prorrogação contra o Chelsea. O favoritismo sempre vai ser dos times europeus pelo poder financeiro gigante”

Acha justo time europeu apenas jogar a final do Intercontinental de Clubes?

“Justo não é, mas não vai ser eu para reclamar dessa oportunidade maravilhosa de estar no Mundial e estar disputando contra essas grandes equipes. Mas sabemos que o time europeu não corre o risco de cair em uma semifinal, não tem um cansaço que a gente pode ter na final.”

“Mas, ao mesmo tempo, é um privilégio muito grande estar disputando esse torneio, seja o formato que for. Portanto, vamos desfrutar o máximo possível dessa oportunidade que temos.”

Estádio vazio na estreia do Intercontinental

“É estranho porque sempre onde o Flamengo está na América do Sul, a torcida lota o estádio. Teve o Mundial na metade do ano (EUA) e essa final de Libertadores (Lima) com o Mundial em seguida.”

“Então muitos torcedores tiveram que esperar o resultado da final da Libertadores para se planejar e não é barato vir até aqui. A nossa torcida não está toda aqui, mas sabemos que está em peso no Brasil torcendo pela gente.”

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João Pedro Cupello

Jornalista formado pela FACHA do Rio de Janeiro. Carioca, apaixonado por futebol, basquete, e tudo que envolve o mundo dos esportes!

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