Filipe Luís enaltece classificação do Flamengo na Libertadores: “Temos que passar por essas provações”
Após a classificação do Flamengo em cima do Estudiantes, o técnico Filipe Luís analisou a partida e a ida à semifinal da Libertadores. O treinador rubro-negro destacou a dificuldade da competição e afirmou que precisa dessas provações para conquistar o título.
“A Libertadores é muito complicada, é muito difícil. É claro que eu, como treinador, tento propor a melhor das condições na fase ofensiva para que os jogadores se sintam confortáveis com a bola. Depois, no terço final, é muito a criatividade, a confiança, o momento que o jogador se encontra e, vocês podem ver, o Arrascaeta não estava no seu melhor dia, mas o Carrascal estava em um bom momento, entrou muito bem no jogo. Então vai muito do feeling do jogador que está no jogo.”
“A verdade é que criamos muitas chances, inclusive no segundo tempo tivemos três chances claras que não se traduziram no último passe, que eu lido como chance clara, e deixou a eliminatória aberta. Então o que eu tentei falar para os jogadores foi que, para ganhar a Libertadores, às vezes temos que passar por essas provações. Foi assim nos outros anos também, são jogos muito difíceis e temos que saber passar por esses momentos para chegar em mais uma semifinal de Libertadores.”
Além disso, Filipe Luís evitou criticar o desempenho da equipe e reforçou o merecimento em chegar à semifinal da Libertadores.
“Esse tipo de jogo não é fácil, é difícil jogar quartas de final da Libertadores. Talvez as manchetes de amanhã serão “Flamengo passa, mas…”, sempre tem o “mas”, mas a manchete é só uma: “O Flamengo está na semifinal”. A eliminatória tem 180 minutos, passamos nos pênaltis e, se passamos, merecemos passar. Sou muito grato. Desde 2019, vivi coisas incríveis e sinto que esse clube é especial e a sinergia que tenho aqui faz eu viver emoções incríveis. Estou feliz por passar de fase.”
Na semifinal, o Flamengo vai encarar o Racing, que eliminou o Vélez nas quartas com agregado de 2 a 0 (1 a 0 na ida e 1 a 0 na volta). As partidas ainda não têm datas e horários confirmados, mas serão disputadas nas semanas dos dias 22 e 29 de outubro.
Veja outras respostas de Filipe Luís:
Semifinal contra o Racing
“Cada time tem uma história diferente, um contexto diferente. Mas a verdade é que as equipes argentinas são muito competitivas. Esse é o primeiro ponto, igualar essa intensidade e essa competitividade. E o que mais me surpreende deles como treinador é o quanto eles conseguem cobrir de campo, com sacrifício. Às vezes em inferioridade numérica, um atacante marcando dois, três jogadores, e isso faz com que seja complicado. Às vezes no futebol brasileiro com uma troca de passes você já elimina os jogadores e já chega em uma situação confortável na área do adversário. No futebol argentino, dificilmente você vai ter essa facilidade. Então talvez essa seja a principal lição. Com certeza contra o Racing vai ser da mesma forma que foi aqui.”
“A verdade é que é uma partida que temos que nos preparar porque será uma partida em um nível parecido de intensidade, de sacrifício e o jogo durante a fase ofensiva. O Racing é uma equipe que, pelo o que eu vi, tem muita intensidade, acelera e são muito verticais. Isso é complicado nessas partidas de ida e volta. Mas será uma partida muito linda de semifinal de Libertadores. Sobretudo é desfrutar e, para estar em Lima, teremos que ser melhor que o Racing nos 180 minutos da série.”
Lição contra o Estudiantes
“É uma grande lição. Na verdade, minha maior lição como treinador até aqui foi contra o Central Córdoba. A Libertadores é muito complicada, é muito difícil. É claro que eu, como treinador, tento propor a melhor das condições na fase ofensiva para que os jogadores se sintam confortáveis com a bola, tenham mais tempo para poder jogar e para que eles achem as soluções dentro de campo. Depois, no terço final, é muito a criatividade, a confiança, o momento que o jogador se encontra e, vocês podem ver, o Arrascaeta não estava no seu melhor dia, mas o Carrascal estava em um bom momento, entrou muito bem no jogo. Então vai muito do feeling do jogador que está no jogo.”
“A verdade é que criamos muitas chances, inclusive no segundo tempo tivemos três chances claras que não se traduziram no último passe, que eu lido como chance clara, e deixou a eliminatória aberta. Já falamos do árbitro, do que aconteceu, mas também estaria aberta com o 2 a 0. Então o que eu tentei falar para os jogadores foi que, para ganhar a Libertadores, às vezes temos que passar por essas provações. Foi assim nos outros anos também, são jogos muito difíceis e temos que saber passar por esses momentos para chegar em mais uma semifinal de Libertadores. Não sei quantas o Flamengo chegou em sua história, mas eu lembro que estava, quando eu cheguei aqui em 2019, há 38 anos sem chegar. Então eu estou muito feliz de estar em mais uma semifinal, agora é tratar com todo o carinho que o momento merece, porque é o sonho de todo mundo ganhar essa Libertadores.”
Promessa de Rossi
“O Rossi tem a nossa confiança, tem o carinho dos jogadores do grupo. Os erros acontecem. A verdade é que quando um goleiro erra é fatal, você se expõe muito. E claro, um goleiro tem que estar em um nível de concentração muito alto sempre porque um erro te elimina. Que isso não afete ele porque ele tem a confiança de todos. Quando vieram os pênaltis, ele veio falar para mim: “Olha, deixa comigo que eu errei antes e vou classificar a gente agora”. Eu acreditei e por sorte ele fez duas grandes defesas e conseguimos passar. Mas é importante que, sempre penso assim, quando um jogador erra, analisar o erro, não se esconder do erro, colocar no campo o que aconteceu e treinar esse tipo de lance. Porque, para mim, só as correções e o trabalho em cima do que você errou é o que faz você evoluir e melhorar. Mas ele tem a confiança de todos nós.”
Substituições e controle de carga
“Lembrando que há alguns anos só era possível fazer três substituições. Agora são cinco. Optei por deixar os jogadores que poderiam bater pênaltis. Queria ter tirado o Jorginho antes, mas imaginei os pênaltis. O Lino, na minha visão, estava levando perigo, tem o um contra um, tanto que uma das jogadas de perigo no segundo tempo foi dele. Optei por não fazer as trocas, porque acreditei que os jogadores que estavam no campo eram os melhores para tentar vencer. Fisicamente não teve problema, porque acabamos o jogo no campo do adversário.”
Vitória de time campeão? Joga mal e classifica…
“As armas de um time que incomoda muito são sempre defender muito forte, perseguições, faltas… e eles (argentinos) sabem fazer muito bem isso, a fase defensiva deles é muito forte. E, dessa forma, abrem mão de jogar por uma segunda bola e chegar mais perto da sua área. Isso se traduziu em chances claras para o Estudiantes? Não vejo assim. O Flamengo foi mal no jogo? Poderia dizer que o Flamengo não foi o que vocês estão acostumados a ver, muito por mérito do Estudiantes que conseguiu incomodar, mas a gente teve todo o controle do jogo no primeiro tempo. Tivemos a posse, chegamos muitas vezes na área do adversário, porém, o último passe não estava saindo. Mas dizer que o Estudiantes foi superior não condiz com a verdade. Tanto é que tivemos o segundo tempo todo ali tentando machucá-los na área. Não conseguimos progredir nesse terço final e temos que melhorar.”
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