Na mira da seleção dos Emirados, Guilherme Biro lembra com carinho do Corinthians: “Estou sempre na torcida”
O atacante Guilherme Biro completou um ano no Sharjah SC, dos Emirados Árabes, em setembro. O jogador de 21 anos foi emprestado pelo Corinthians no ano passado e comprado em definitivo em julho deste ano por cerca de 2,5 milhões de dólares (R$ 14 milhões na cotação da época).
Sem minutagem no Corinthians, Guilherme Biro se transferiu para o Sharjah, onde conseguiu oportunidades e se tornou peça importante na equipe. Na atual temporada, o brasileiro soma dez jogos (sete como titular), com um gol e uma assistência.
“Foi uma solução para buscar minutos, coisa que eu não estava tendo no Corinthians. A partir do contato do clube, perguntei para alguns companheiros que já tinham jogado, conheciam o campeonato”, disse ele em entrevista ao 365Scores.
Todo atleta que vai para fora, seja para qualquer lugar, tem um pouco de receio, sair de onde você está confortável. Mas faz parte da nossa vida de atleta.”
“Está sendo uma experiência muito bacana, tenho evoluído como pessoa e jogador, muito bom para minha carreira. Estou muito feliz, faz um pouco mais de um ano que estou aqui, passou rápido”, completou.
Com bons desempenhos no Sharjah, o atacante chamou a atenção da seleção dos Emirados Árabes, que entrou em contato com Guilherme Biro. O jogador, porém, só pode se naturalizar emiradense após cinco anos no futebol local.
“Um pessoal da seleção dos Emirados Árabes já entrou em contato comigo. Tem muitos brasileiros e até de outros países se naturalizando, mas para poder jogar precisa de cinco anos (no país). Não sei se vou estar aqui em cinco anos. Meu alvo principal é a seleção brasileira.”
Mesmo a mais de 12.000 km e com fuso horário de sete horas, Guilherme Biro não deixou de acompanhar o Corinthians, clube que o formou e pelo qual mantém gratidão eterna. O atleta, inclusive, afirmou que dará prioridade ao Timão em um futuro retorno ao Brasil.
“Acompanho (os jogos do Corinthians), quando é no fim de semana às 16h é mais tranquilo porque aqui são 23h, aí acaba 1h e dá para acompanhar. Só durante a semana que fica mais difícil porque os jogos são 20h, 21h30, aí é madrugada aqui. Estou sempre na torcida pelos meninos lá para que dê certo.”
“O futebol brasileiro vem evoluindo cada vez mais, não só os jogadores mas os times também. Com certeza, voltaria ao Brasil, é um pensamento, não sei em qual hora, mas tenho vontade de ganhar uma Libertadores, um Brasileirão”.
“O Corinthians seria uma prioridade, não só em forma de gratidão mas pelo tamanho do clube. (O Corinthians) seria o primeiro pensamento (na volta ao Brasil).”

O contrato de Guilherme Biro com o Sharjah SC é válido até junho de 2029. Logo na temporada de estreia no clube, o brasileiro conquistou seu primeiro título no profissional na Copa da AFC, em maio.
Veja outras respostas de Guilherme Biro ao 365Scores:
Calor intenso nos Emirados
“Aqui o pior é o calor mesmo. Tem uma história que eu estava junto com a minha família, fomos no shopping e quando descemos do carro e andamos até a entrada já estava todo mundo suando. A gente ouve falar que o calor é muito forte, mas só entende realmente quando vem para cá e passa na pele.”
“A gente treina mais na parte da tarde, quando o sol está mais tranquilo e menos calor do que de manhã. Nas primeiras horas do dia, é muito quente.”
Adaptação e diferença para o futebol brasileiro
“Foi rápida (a adaptação na equipe) porque tive brasileiros para me ajudar, para entender as coisas que eu tinha dificuldade. Vim com muita vontade de querer aprender, evoluir, ter mais minutos.”
“A intensidade (é a diferença entre futebol emiradense e brasileiro) muito por conta do calor que faz aqui. Vai chegando novembro, dezembro, a intensidade vai dando uma aumentada por já não estar tanto calor. No calor que faz aqui, é quase impossível de ter uma grande intensidade.”
Primeiro título como profissional
“Foi maravilhoso para mim, lutamos bastante para conseguir isso (título). Uma das melhores coisas do futebol é ganhar título, fazer gol… Final é um jogo diferente, não importa com quem vai jogar. Não foi fácil, mas saímos campeões e feliz pela experiência de enfrentar um time de Singapura (Lion City Sailors).”
Bicho e presentes de Sheiks nos Emirados
“Chegamos a receber bicho, que é normal aqui quando ganha campeonatos ou alguns jogos. Aqui na liga todos os jogos têm bicho. Nos outros campeonatos também, só que por ser por fases, recebe só no final. Ainda não recebi nenhum presente (de Sheik), mas quem sabe tem uma experiência dessa. Tem alguns aqui do time que já ganharam.”
Passagem pelo Corinthians
“Falar do Corinthians é muito simples pra mim, é um time que tenho eterna gratidão, me formou como homem e atleta. O que eu e minha família temos hoje devemos muito ao Corinthians. Fico muito feliz por ter chegado ao profissional lá, é o sonho de muitos e era o meu. Não consegui alcançar objetivos, ganhar um título, que era uma vontade minha. Fui muito feliz no tempo em que estive lá.”
Estreia no profissional com Vitor Pereira
“O Vitor Pereira é um técnico muito bom, todo mundo gostava dele pela forma de trabalho. Ele era muito sincero naquilo que ele pensava, cobrava muito a gente. Aprendi muito em questão tática e de intensidade. Muito feliz de ter estreado nas mãos dele.”
Experiência com Vanderlei Luxemburgo
“Foi uma experiência muito grande treinar com o professor (Luxemburgo). Ele ajuda muito a gente da base, dava oportunidades. Foi o treinador com quem eu tive meus melhores jogos. Ele dava muita confiança para a gente da base, tirava toda pressão.”
Falta de gol e assistência no Corinthians
“Acho que frustração não é a palavra certa, mas claro que fica aquele desejo porque foi um sonho viver aquilo. Procuro olhar mais para o lado de conseguir chegar no profissional de um clube que eu e minha família sempre torcemos. Se não foi para ser (gols e assistências no profissional do Corinthians), não era para acontecer. Mas sempre vou lembrar do clube com gratidão.”
Vexame do Brasil sub-20 na Copa do Mundo e Ramon Menezes
“Faz parte do futebol, tenho certeza que todos estavam lá para poder entregar o melhor para o Brasil. Nem sempre a gente ganha, aprendemos isso desde cedo. É frustrante para a gente como torcedor e para eles como atletas e comissão. Independente da derrota, continuamos sendo o Brasil e com diversos talentos no país.”
“Falar do Ramon (Menezes) para mim é simples, tenho total gratidão pelos momentos que tivemos, bons e ruins. É um cara verdadeiro, ajuda a todos, muito de grupo. Desejo toda sorte para ele.”
Sonho de jogar na Europa
“Meu objetivo agora é no Sharjah. Vim por empréstimo e estou na minha primeira temporada após a compra. Estou adaptado, muito feliz. Sou muito novo ainda. Mas, sim, tenho o sonho de ir para Europa.”
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