Danilo Barbosa fala sobre momento na Arábia Saudita e carinho pelo Botafogo

O volante Danilo Barbosa deixou o Botafogo em agosto após não fazer parte dos planos e estar em fim de contrato. O jogador de 29 anos assinou com o Al-Ula para disputar a segunda divisão da Arábia Saudita. Em entrevista exclusiva ao 365Scores, ele explicou o motivo da saída e a escolha pelo novo clube.

“O projeto do clube me chamou muita atenção. O Al-Ula é bastante ambicioso, trouxe ótimos jogadores esse ano e tem um projeto de se estabelecer na elite no futebol local. Uma série de fatores que me fizeram trocar o Brasil pela Arábia, mas a projeção da equipe nos próximos anos com certeza foi um fator fundamental no acerto”, disse ao 365Scores.

Logo na estreia pelo Al-Ula, Danilo Barbosa deu uma assistência na goleada por 5 a 0 sobre o Al-Wehda, na primeira rodada da segunda divisão saudita. O clube é o líder da competição, com cinco vitórias e um empate. O brasileiro disputou todas as partidas, como titular nos quatro primeiros jogos.

Campeão da Libertadores e do Brasileiro, Danilo Barbosa tem forte carinho pelo Botafogo, onde chegou em agosto de 2022. O volante esteve no início da Era John Textor e participou dos momentos de frustrações e de glórias.

Atualmente, Textor vive instabilidade sobre a continuidade no comando da SAF do Botafogo. Apesar disso, Danilo Barbosa vê o norte-americano como “fundamental” e torce pela permanência do projeto.

“Ele é uma pessoa incrível, que sempre deu as melhores condições possíveis para que nós pudéssemos desempenhar bem e focar 100% nas competições, tratava todos muito bem nos bastidores. O Textor tem um carinho muito grande pelo Botafogo e pela torcida do clube, então torço muito para que ele consiga seguir com o projeto.”

O contrato de Danilo Barbosa com o Al-Ula é válido até junho de 2028. O clube só tem a segunda divisão saudita como compromisso na temporada. Os dois melhores colocados garantem o acesso direto.

Veja outras respostas de Danilo Barbosa ao 365Scores:

Primeiras impressões no Al-Ula

“A estrutura é boa, o clube é bastante organizado e você percebe bastante profissionalismo no dia a dia. Claro que a adaptação é de pouco em pouco, porque é outra cultura, outro estilo, mas estou feliz por aqui e pronto para ajudar o clube nos objetivos dessa temporada.”

Diferença entre futebol saudita e brasileiro

“São escolas de futebol diferentes, então existem algumas mudanças no estilo de jogo. A intensidade é diferente, o clima muito quente também interfere no andamento do jogo, mas o futebol árabe tem evoluído cada vez mais e se tornando bastante competitivo.”

Adaptação na Arábia Saudita

“É outra cultura, outro clima e isso demanda tempo para se adaptar totalmente. Mas dentro de campo a adaptação vem sendo muito boa, estou conseguindo jogar meu futebol e ajudar a equipe nesse ótimo início de temporada.”

Davide Ancelotti e momento instável do Botafogo

“O Davide é um grande treinador, tenho certeza que ele tem capacidade de extrair o melhor dos jogadores e crescer junto com o Botafogo. O time vem passando por uma instabilidade, mas enxergo como normal, todos estão sujeitos. O importante é se reorganizar e voltar para o caminho das vitórias.”

Sentimento pelo Botafogo

“O sentimento que eu tenho pelo Botafogo é de eterna gratidão. Vivi momentos mágicos dentro do clube, junto da torcida, dos funcionários, e isso vai ficar para sempre no meu coração. Guardo muito carinho pelo Glorioso e sempre estarei na torcida pelo melhor do clube.”

O que te faria voltar ao Brasil?

“Claro que voltar para o Brasil é uma possibilidade, conquistar uma Copa do Brasil é também um sonho, para encher ainda mais a galeria de títulos. Nesse momento eu estou 100% focado no Al-Ula, em alcançar os objetivos do clube e fazer uma linda história na Arábia, mas no futuro, quem sabe?”

Passagens por Vasco, Palmeiras e Botafogo

“Todos os clubes pelos quais passei no Brasil foram bastante especiais para mim. O Vasco foi o clube que me formou, me deu condições de me profissionalizar, e por isso tenho bastante carinho. Já o Palmeiras foi quem me abriu as portas do futebol brasileiro novamente, depois de quase uma década atuando na Europa, muito importante na minha carreira.”

“E por fim o Botafogo, que foi o clube em que mais atuei, com mais de 100 jogos disputados e grande títulos conquistados. Acredito que esse carinho pelo Botafogo seja muito especial, por tudo que vivemos nos últimos anos, algo muito intenso. Mas todos tem um espaço especial no meu coração.”

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