Entrevista exclusiva: Bruno Nazário renova na China, mas avisa que “portas para o Brasil estão abertas”

Renato de Alexandrino 13/12/2025 - 08:46 am

Bruno Nazário durante a final da Copa da China - Foto: Zhang Yixi/VCG via Getty Images

Bruno Nazário está feliz na China. O número 40 do Henan Longmen terminou a temporada em alta, liderando o time em diversas estatísticas, como grandes chances criadas e passes decisivos, conduzindo a equipe ao vice-campeonato da Copa nacional.

Aos 30 anos, o meia é um velho conhecido do torcedor brasileiro, com passagens marcantes por clubes como Guarani, Botafogo, Vasco e Juventude, apenas para citar alguns.

O carinho pelas equipes em que jogou permanece, e mesmo a milhares de quilômetros de distância – e com um fuso horário ingrato – , o paranaense de Cafelândia acompanhava o Brasileirão sempre que podia.

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“Gosto de estar por dentro”, diz Bruno Nazário em entrevista exclusiva ao 365Scores. Ao mesmo tempo em que revela que estendeu seu contrato com o clube chinês, o meia avisa:

“As portas para o Brasil estão sempre abertas.“

Leia a entrevista exclusiva com Bruno Nazário:

Você foi o líder do time em várias estatísticas. Como avalia sua temporada de 2025 no Henan?

“Foi uma temporada muito positiva, a minha segunda aqui, e consegui ir bem e ajudar meus companheiros. Estou muito feliz aqui na China e quero seguir evoluindo.

Fui o líder em assistências da competição e isso é algo muito gratificante para mim. Ficou o desejo pelo título da Copa (Henan perdeu para o Beijing Guoan na final), fizemos uma grande campanha até a final, mas sou grato pelo que vivemos esse ano.”

O que você observa de principais diferenças entre o futebol chinês e o brasileiro? Qual a maior dificuldade encontrada aí?

“Dentro de campo, a intensidade é um pouco diferente. São estilos e escolas diferentes de futebol, mas também tem outros estrangeiros aqui que estão trazendo suas culturas dentro de campo e ajudando o campeonato a crescer.

Num contexto geral, o idioma é uma das dificuldades, mas estou há dois anos aqui e já consigo me comunicar um pouco melhor com todos. Nosso técnico é português (Daniel Ramos) e isso facilita muito, além dos meus companheiros brasileiros que tenho aqui (Felippe Cardoso, Iago Maidana e Lucas Maia).”

Já está adaptado ao país? Arranha algo de mandarim?

“Estou desde do começo do ano passado aqui e já estou adaptado. E melhor que isso, estou muito feliz aqui na China. Adoro o país e tudo que é proporcionado para mim aqui.

Mandarim não é uma língua simples, mas com o tempo a gente vai conseguindo entender mais.”

Você teve passagens marcantes por diversos clubes brasileiros. Guarda carinho especial por algum deles? Acompanhava os jogos do Brasileirão?

“Com certeza guardo carinho por todos onde tive boas histórias. Cada clube marcou uma fase importante da minha carreira e isso a gente leva para a vida.

Sempre que posso acompanho o Brasileirão, vejo amigos jogando, acompanho. O futebol brasileiro faz parte da minha trajetória e eu gosto de estar por dentro.”

Pensa em voltar para o Brasil? Se sim, daria preferência por algum clube?

“O Brasil sempre terá um espaço gigante no meu coração, é a minha casa. Mas no momento estou focado no que venho fazendo aqui no Henan, que seguir dando alegrias para a torcida e escrever meu nome na história do clube.

Esse ano eu estendi meu contrato aqui. Meu foco está no dia a dia e ajudar ao clube, mas claro que as portas para o Brasil estão sempre abertas.”