Escândalo na AFA pode deixar Argentina fora da Copa do Mundo? Entenda
O futebol argentino vive dias de turbulência fora dos gramados. Apenas uma semana após a Polícia Federal realizar operações de busca e apreensão na sede da Associação do Futebol Argentino (AFA) em Ezeiza e em diversos clubes, o presidente da entidade, Claudio “Chiqui” Tapia, foi formalmente denunciado por apropriação indébita e lavagem de dinheiro.
Segundo informações divulgadas pelo jornal “La Nación”, a denúncia aponta um desvio que gira em torno de 7,5 bilhões de pesos (cerca de R$ 28,5 milhões). A AFA teria retido impostos e contribuições de segurança social, adiando os pagamentos ao Estado.
A Justiça apura suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo a financeira Sur Finanzas, uma das principais patrocinadoras da entidade que comanda o futebol argentino.
Operação policial apreende 52 carros de luxo
Segundo o ge, uma operação policial realizada também nesta sexta-feira em Buenos Aires encontrou 52 carros de luxo suspeitos de pertencer a altos dirigentes da Associação do Futebol Argentino.
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A Argentina pode ficar fora da Copa de 2026?
A gravidade das acusações e a intervenção direta da Justiça argentina nas contas e na administração da AFA acenderam um alerta na sede da Fifa, em Zurique, levantando a possibilidade de sanções desportivas severas que podem impactar diretamente o futuro de Lionel Messi e companhia.
A possibilidade de a atual campeã do mundo ficar de fora da Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá, é real e tem base no estatuto da Fifa. A entidade máxima do futebol proíbe terminantemente a interferência governamental ou da justiça comum na gestão das suas federações filiadas.
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O cenário que preocupa é o de uma eventual “intervenção” na AFA. Caso a Justiça argentina decida afastar Claudio Tapia do cargo ou nomear um interventor externo para gerir a Associação durante as investigações, a FIFA pode interpretar o ato como uma violação de sua autonomia.
Embora seja uma medida extrema e que não parece provável, especialmente por envolver uma seleção do porte da Argentina, atual campeã mundial e com o craque Messi perto de disputar sua última Copa, a Fifa monitora o caso de perto.






