Ancelotti explica falta de treinadores brasileiros no exterior: “Figura um pouco fraca”
Carlo Ancelotti participou da abertura da segunda edição do Fórum Brasileiro de Treinadores de Futebol nesta terça-feira (4) e foi direto ao comentar a escassez de técnicos brasileiros no exterior. Segundo ele, a figura dos profissionais é “um pouco fraca” no futebol internacional.
“Gosto de estar aqui, viver aqui, conhecer a estrutura do futebol brasileiro e também a força do treinador brasileiro. Tenho que ser honesto: não é tão forte. Porque uma das primeiras coisas que escutei e não entendo: por que o treinador brasileiro não pode treinar na Europa? Significa que a figura é um pouco fraca. Creio que é muito importante trabalhar juntos, todos os treinadores, para que a Federação Brasileira de Treinadores seja forte”, disse Ancelotti.
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O italiano também comentou sobre um dos desafios que os comandantes no Brasil enfrentam: a grande quantidade de demissões. Ele reconheceu que já viveu momentos de pressão em sua carreira, mas ressaltou que é preciso considerar saídas como “uma coisa normal”.
“A figura do treinador é fundamental. É como o árbitro. Se não tiver, não dá para jogar. Mas é fundamental até quando? Até a primeira derrota. Depois da primeira derrota, outro treinador é que vira fundamental. Eu falo muito para os jovens treinadores: ser demitido é uma pena, mas com o passo do tempo, tem que considerar uma coisa normal. Eu posso ter tido uma carreira com êxito e quero ainda mais. Mas Parma, demitido. Juventus, demitido, Bayern, demitido. Na primeira vez, fiquei muito triste. Mas na última vez, ‘muito obrigado, vou descansar’, afirmou.
E para uma melhora na profissão, Ancelotti sugeriu que a classe precisa ajudar a CBF com opiniões e mais edições do evento, que aconteceu na sede da entidade.
” (…) Temos uma CBF que precisa da ajuda e da opinião dos treinadores. A opinião é ainda mais respeitada se a Federação dos Treinadores for forte. Como pode ser forte? Com mais unidade entre os treinadores. Estamos no segundo fórum. Tem que ter 20 ou 30. Acho que temos a vontade de melhorar e ser mais respeitado”, finalizou.
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