Análise: Com Bernard e Alonso “soltos”, Atlético-MG tem volume de jogo, mas perde dois pontos para o preciosismo
A noite dos atleticanos começou com uma boa notícia na última terça-feira (16), quando viram que Junior Alonso e Bernard estavam no time titular contra o Juventude. Apesar de ambos terem boas atuações e o Galo ter criado muito, o preciosismo na primeira etapa não permitiu que a equipe matasse a partida logo.
Se antes havia dúvida sobre como o camisa 20 atuaria, se pelos cantos ou centralizado, ele jogou com a cara de Milito: com muita liberdade. Com ele, o Alvinegro pressionou muito com praticamente sete jogadores no ataque e Saravia e Otávio ajudando na recomposição.
O gol do Altético-MG sai justamente de uma jogada onde tentavam uma triangulação e o zagueiro Junior Alonso consegue pegar um corte errado do adversário e aproveita a falha do goleiro Mateus Claus. Na frente do placar, o Galo parecia jogar como queria, seja na troca de passes, ou atraindo o adversário para fazer lançamentos longos.
Entretanto, além da atuação dos árbitros, que anularam quando o time de Milito balançou as redes, o time também teve muito preciosismo na frente. Algumas decisões erradas atrasaram a finalização das jogadas e deram tempo para a defesa adversária impedir. Apesar de 74% de posse de bola, o Atlético-MG chutou apenas duas bolas no gol nos primeiros 45 minutos. O castigo veio quando tentavam pressionar e Jean Carlos passou no meio de Alan Franco e Otávio para empatar o jogo.
Segundo tempo mais dominante ainda do Atlético-MG
Assim como na primeira etapa, o Galo continuou dominante e com a bola na segunda etapa, com a marcação bem encaixada atrás, não cedendo sequer uma finalização no gol de Matheus Mendes. Hulk chegou a recolocar o time na frente, mas o lance foi anulado após revisão no VAR.
Com a liberdade de Bernard, o Alvinegro conseguiu criar espaços pela esquerda, com o quarteto formado pelo meia, Arana, Paulinho e Alonso. Do outro lado, o camisa 20 também atuava, ajudando Hulk, Scarpa e Vargas, que entrou na segunda etapa.
Quando o time parecia encaixar melhor no ataque e criar chances, Alan Kardec entrou no lugar de Junior Alonso e mudou o desenho do ataque: Palacios e Vargas pelas pontas, Paulinho e Hulk mais centralizados, e Alan Kardec na área.
Nos minutos finais, Vargas teve uma chance clara de marcar, mas o preciosismo também o afetou. Invés de finalizar quando recebeu a bola, tentou mais um corte e Gabriel Inocêncio fechou seu ângulo. O Galo terminou a partida com cinco atacantes (Hulk, Paulinho, Palacios, Vargas e Alan Kardec), com Scarpa e Arana atuando mais como armadores.
“Só faltou ganhar”
Na entrevista coletiva após a partida, Milito ressaltou o volume de jogo criado pela equipe e também que na segunda etapa a postura do Juventude complicou muito o trabalho do Galo no ataque.
“O sentimento é de que a equipe fez um grande jogo. Claramente devia ter vencido pelas situações geradas, volume de jogo. Tivemos o acerto de cara para o gol, várias situações de gol, circulação de bola. No primeiro tempo jogamos muito bem, obrigamos o rival a mudar sua estrutura defensiva. Depois eles cobriram mais os cantos do campo, com a linha de cinco. Isso complicou para gerar perigo. No segundo tempo, recuaram, jogaram quase toda a partida em 40 metros, o que gerou muita dificuldade. Fiquei contente com os jogadores, mas só faltou ganhar”, afirmou.
Com apenas um ponto somado em um jogo com muitos pontos positivos, o Galo ficou na décima posição, com 22 pontos somados e ainda pode ser ultrapassado pelo Vasco. Na próxima rodada, o time enfrentará justamente o Cruzmaltino, na Arena MRV, no domingo (21), às 16h (de Brasília).
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