Do pesadelo à recuperação: entenda a metamorfose do Aston Villa na Premier League
No futebol inglês, a linha entre a crise e a euforia é tênue, mas raramente vemos uma equipe atravessá-la com a velocidade e a voracidade do Aston Villa nesta temporada. O que começou como um roteiro de filme de terror em Birmingham transformou-se, rodada após rodada, em uma das histórias mais fascinantes da elite europeia.
Quem olha para a tabela hoje e vê o Villa confortavelmente instalado na 3ª colocação da Premier League, talvez não se lembre do calafrio que percorreu o Villa Park há poucos meses. O início de campeonato foi, para ser generoso, desastroso.
O Fundo do Poço e a Virada de Chave
As primeiras cinco rodadas desenharam um cenário de rebaixamento. Os dados eram cruéis:
- Pontuação: Apenas 3 pontos somados.
- Ataque inoperante: Somente um gol marcado em 450 minutos de futebol.
- A primeira vitória: Veio apenas na sexta rodada, num 3 a 1 sobre o Fulham em casa.
Desde aquele triunfo na sexta rodada, a transformação foi absoluta. O time não apenas parou de sangrar, como se tornou um dos predadores mais letais da liga. Atualmente, o Aston Villa ostenta uma sequência de cinco vitórias consecutivas – incluindo uma goleada sobre o Bournemouth e um 2 a 1 sobre o líder Arsenal – e defende uma invencibilidade que dura desde o dia 1º de novembro.
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O que mudou? A confiança voltou, o sistema tático encaixou e, acima de tudo, os líderes técnicos do elenco assumiram a responsabilidade.
Pilares da recuperação: quem são os destques do Aston Villa na análise 365Scores
Para entender quem são os arquitetos dessa reconstrução, recorremos aos dados exclusivos da ferramenta Nota de Impacto 365Scores. A métrica, que avalia a influência real de um jogador no resultado e na performance da equipe, destaca três nomes fundamentais que carregaram o piano quando a música não tocava e que agora regem a orquestra.
| Jogador | Posição | Jogos Disputados | Nota de Impacto Média (365Scores) | O que isso significa? |
| Emiliano ‘Dibu’ Martínez | Goleiro | 12 | 40.47 | A nota altíssima reflete defesas cruciais que garantiram pontos quando o ataque falhava. É a âncora do time. |
| Boubacar Kamara | Volante | 13 | 32.11 | O equilíbrio. Sua nota mostra um trabalho vital de recuperação de bola e proteção à zaga. |
| Matty Cash | Lateral | 15 | 30.89 | Regularidade pura. Presente em todos os momentos, unindo solidez defensiva com apoio ao ataque. |
O Aston Villa tem também outros destaques, como o ponta holandês Donyel Mallen e o meia-atacante argentino Emiliano Buendía – ambos são os artilheiros do time no Inglês, com quatro gols cada. Buendía marcou já nos acréscimos o gol da incrível vitória sobre o Arsenal no último sábado (6).
Quando foi o último inglês do Aston Villa?
Ver o Aston Villa brigando no topo não é novidade para os historiadores do esporte, mas é uma lufada de ar fresco para uma geração de torcedores.
Para encontrar uma campanha com essa magnitude e essa força competitiva, precisamos voltar no tempo. O clube flertou com o topo sob o comando de Martin O’Neill no final dos anos 2000, mas a aura atual remete aos dias de glória do início da década de 1980.
O “Last Dance” dourado do clube foi na temporada 1980-1981, quando conquistou seu último título do Campeonato Inglês, pavimentando o caminho para o triunfo na Copa da Europa (atual Champions League) em 1982. A torcida, calejada por anos de meio de tabela e até rebaixamento recente, volta a sonhar que o “Gigante Adormecido” de Birmingham finalmente acordou.
