FutebolBrasileiro - Série A

Flamengo x Vasco: Os Maiores Jogos do Clássico

Flamengo e Vasco da Gama protagonizam um dos maiores clássicos do futebol brasileiro. Conhecido como Clássico dos Milhões, com quase 400 duelos enfrentados, é o mais popular entre os dois clubes na cidade do Rio de Janeiro uma vez que reúne as duas maiores torcidas cariocas e também é uma das maiores rivalidades futebolísticas.

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Depois de um período de empates consecutivos, os últimos anos foram marcados pela supremacia dos Rubro-Negros, que têm um retrospecto de muitas vitórias de 2019 até hoje. Com isso, nós, do 365 Scores, separamos um apanhado geral sobre o retrospecto dos clássicos, rivalidades, os craques, e claro, a história de ambos.

História dos dois clubes e do confronto direto

A fundação do Flamengo ocorreu não em função do futebol, mas sim do remo, esporte muito popular no Brasil no final do século XIX. Fundado em 17 de novembro de 1895 por José Agostinho Pereira da Cunha, Mário Espíndola, Augusto de Figueira Lopes e Nestor de Barros que se reuniram para iniciar o projeto do clube. A entrada da equipe no futebol aconteceu apenas em 1912, e desde então, conquistou diversos títulos.

Assim como o Flamengo, o Vasco da Gama foi fundado em função da prática esportiva do remo. Fundado em 1898, na cidade do Rio de Janeiro, o clube ganhou o seu nome em homenagem ao navegador português Vasco da Gama. As cores escolhidas para simbolizar o clube foram o preto, o branco e o vermelho, estilizados na cruz de malta, símbolo do time. No entanto, foi apenas em 1916 que o Vasco passou a integrar o futebol carioca.

Flamengo e Vasco são os únicos clubes cariocas com status de campeões da América: o Rubro-Negro sendo tricampeão e o Cruz-Maltino bicampeão sul-americano.

Sempre quando há confronto direto, o jogo é muito quente. Até hoje, o Flamengo leva a melhor e já soma 156 vitórias contra 132 do Vasco, além de 111 empates. O Rubro-Negro já balançou as redes 543 vezes, enquanto o Cruz-maltino comemorou 513 tentos.

Importância do clássico para o futebol carioca e brasileiro

Como muitos imaginam, todo clássico é o melhor que outro. Mas por quê disso? Por ser um confronto futebolístico de grande rivalidade gerada por diversos motivos, as torcidas acreditam que quem vencer é o melhor.

O Clássico dos Milhões é conhecido pela grande rivalidade das duas maiores torcidas cariocas. Tendo em base a isso, os duelos sempre vão causar euforia tanto fora do gramado quanto dentro. Clássico é sempre igual, independente da fase em que os times estão. No entanto, por achar que está mal, o outro é superior e tem mais chances de vencer.

Outro fator que pesa, é a pressão dos dois lados por ser um confronto direto de grande rivalidade. Se já começa antes da partida iniciar, dentro de campo a pressão multiplica entre os jogadores. Brigas, discussões são normais de se ver. E o melhor, é após o apito final, em que uma das torcidas e jogadores estarão mais felizes que os outros.

Os maiores jogos da história do clássico

Flamengo 4 x 3 Vasco (final do Campeonato Carioca de 2001)

Conquistado pelo Flamengo, a final do Campeonato Carioca de 2001 ainda é lembrada por muitos torcedores até os dias de hoje. Isso porque a decisão ficou marcada pelo famoso gol de falta de Petkovic.

O Flamengo conquistou o tricampeonato estadual ao vencer o Vasco da Gama em duas partidas na final. Na primeira partida, o Cruz-Maltino havia vencido por 2 a 1, mas na segunda partida, o Rubro-Negro conseguiu vencer por 3 a 1, com o gol de falta do meia sérvio Petkovic, quando estava próximo ao término do confronto.

Vale lembrar que o Vasco tinha a vantagem do empate nos dois jogos da decisão. Ganhando o primeiro duelo de virada com gols de Viola e Juninho Paulista, tudo se encaminhava para a conquista do campeonato.

Já na segunda partida, o Flamengo precisava vencer por dois gols de diferença. No Maracanã cheio de torcedores, a equipe rubro-negra abriu o placar e botou fogo no jogo. Edílson, de pênalti, fez o 1 a 0, aos 21 minutos. Juninho Paulista, aos 41 minutos, empatou a partida e o Vasco colocou a mão na taça novamente. No segundo tempo, os jogadores do Flamengo foram para cima e de novo o atacante marcou, desta vez de cabeça.

Aos 43 minutos do segundo tempo, falta em Edílson, na entrada da grande área do Vasco. O sérvio Petkovic pegou a bola, ajeitou a batida e entrou para a história do Flamengo. Chute forte, no ângulo esquerdo do goleiro Hélton. Com a vitória por 3 x 1, conquistaram o o tricampeonato do Estadual.

Flamengo 1 x 0 Vasco (final do Carioca de 1978)

Em 1978, com o famoso gol de Rodinelli, o Rubro-Negro conquistou o segundo turno da disputa (Taça Rio de Janeiro, sem ligação com a atual Taça Rio, esta criada em 1982) e garantiu o troféu do estadual daquele ano, o 18º de sua história. Há 44 anos, o regulamento era bem mais simples: quem vencesse os dois turnos do Carioca era campeão automático, e o Flamengo já tinha vencido a Taça Guanabara.

Na época, o panorama era oposto nos tradicionais rivais cariocas. De um lado, o clube da Colina chegava embalado à final do segundo turno, por uma chance de avançar à decisão geral e levar o bicampeonato. Do outro, um Rubro-Negro em crise: uma seca histórica de gols (cinco jogos sem marcar sobre o Vasco, a maior sequência rubro-negra sem gols no clássico até hoje) e um vice-campeonato para o rival, além de um timaço no papel que não conseguia levantar troféus.

Flamengo 2 x 1 Vasco (final do Campeonato Carioca de 1981)

Por ter vencido dois dos três turnos do estadual de 1981, o Flamengo levantou a taça contra o Vasco da Gama (vencedor do único turno) com um simples empate em qualquer uma das duas partidas da final.

O Vasco, portanto, necessitava vencer as 3 partidas. Caso o jogo 3 terminasse empatado, o título seria decidido nos pênaltis.

O primeiro jogo o Vasco ganhou de 2 a 0, o segundo por 1 a 0, e o terceiro, o Flamengo conquistou o título ao ganhar por 2 a 1.

Vasco 5 x 2 Flamengo (Campeonato Carioca de 1949)

O Vasco da Gama foi o campeão carioca de 1949, de maneira invicta, do Campeonato Estadual. O vice-campeão foi o Fluminense.

Com um verdadeiro campeonato de Ademir Menezes, artilheiro da competição com 31 gols marcados, o Vasco atropelou os rivais, com direito a várias goleadas, inclusive de 5 a 2 para o Flamengo. O ataque cruzmaltino naquele ano marcou 84 gols, em 20 jogos, o que dá uma média de 4,2 por jogo.

No Campeonato de 1949, o Flamengo brigava pela ponta até o final do turno, ali, junto ao Botafogo e Vasco. Ambas as equipes se enfrentaram em São Januário, no dia 21 de agosto. Exatamente quando o clube da Colina estava comemorando mais um aniversário.

Com apenas dez minutos de jogo, o Flamengo vencia por 2 a 0. Como o Rubro-Negro estava anulando o artilheiro do Vasco, Ademir, o técnico, na época, Flávio Costa recuou o jogador, colocando-o para armar as jogadas, e adiantou o Maneca, como centroavante, no meio dos zagueiros do Flamengo. Danilo diminuiu com um gol esquisito e logo depois Maneca empatava com um chute rasteiro.

O Vasco aplicou a maior goleada em um clássico contra o Flamengo.

Final do Carioca de 1999 – Flamengo 2 x 1 Vaco

O Campeonato Carioca de Futebol de 1999 teve como campeão o Clube de Regatas do Flamengo, vencedor da Taça Guanabara, ao derrotar o Vasco da Gama, vencedor da Taça Rio. A final foi vencida pelo Flamengo por 1 x 0, gol de Rodrigo Mendes, após empate no primeiro jogo em 1 x 1.

Como havia feito a melhor campanha na competição, o Vasco tinha a vantagem do empate no segundo jogo, restava ao Flamengo somente a vitória, que começou aos 31 minutos da segunda etapa.

Na época, o Rubro-Negro, comandado pelo técnico Carlinhos, foi campeão com os seguintes jogadores: Clêmer, Fábio Baiano, Fabão, Luiz Alberto e Athirson; Jorginho, Vágner (Rodrigo Mendes), Beto e Iranildo (Caio); Leandro (Fabiano) e Romário.

Os craques que marcaram o clássico

Zico (Flamengo)

Aos 70 anos, Zico, o maior ídolo do Flamengo. O eterno camisa 10 da Gávea é o artilheiro rubro-negro no Clássico dos Milhões, com 19 gols marcados.

Sua história com o Vasco começou em julho de 1971, no Maracanã, estádio no qual é o maior goleador com 333 gols. Na época, aos 18 anos, fez a primeira partida do clássico e na ocasião, deu uma assistência para Nei Oliveira abrir o placar da vitória por 2 a 1 em cima do Vasco.

No entanto, só balançou as redes três clássicos depois, já em 1973, no empate por 2 a 2, pela 1ª fase do Campeonato Nacional de Clubes. O camisa 10 abriu o placar aos 45 minutos, mas viu Roberto Dinamite empatar. Dadá Maravilha marcou para o Flamengo e Alfinete empatou, no último minuto, para o Vasco.

Depois disso, Zico deixou sua marca nos outros quatro clássicos consecutivos que aconteceram em 1974. Boa parte da rivalidade entre os clubes foi construída neste período de grandes disputas comandadas por Zico de um lado e Dinamite do outro.

Foto: Reprodução

Na final do Carioca de 1978, apesar de não ter marcado, teve a participação especial dando a assistência para Rondinelli fazer o gol do título. O Maracanã foi o palco da decisão e, inclusive, Zico aponta este como o jogo mais especial no estádio, que foi o início da sequência de conquistas da geração campeã do mundo em 1981.

Seu último clássico contra o Vasco aconteceu 18 anos após a estreia.

Ao todo, o camisa 10 da Gávea disputou 49 jogos contra o Vasco: 18 vitórias, 19 empates e 12 derrotas. Foram 19 gols marcados, sendo o artilheiro rubro-negro do clássico. Além das nove assistências.

A maioria dos clássicos foi no Campeonato Carioca: 37 dos 49. Zico conquistou cinco títulos estaduais em cima do Vasco: 1974, 1978, 1979, 1981 e 1986. O Vasco levou a melhor em quatro ocasiões: 1977, 1982, 1987 e 1988.

Romário (Vasco)

Desde cedo, Romário mostrou que seria um personagem da história do clássico. Na primeira passagem pelo Vasco, de 1985 a 1988, fez cinco gols no Flamengo. Dois deles na final da Taça Guanabara de 1986, quando foi o herói do título vascaíno.

Quando veio jogar no Flamengo, em 1995, o Baixinho provocou o Vasco. Declarou ser rubro-negro. Nos cinco anos em que ficou na Gávea enfrentou o Vasco 12 vezes e fez cinco gols. Um deles na final da Taça Guanabara de 1996, quando o Flamengo se consagrou campeão.

Romário voltou ao Vasco em 1999 com o desafio de reconquistar a torcida. E marcou mais oito gols no rival, mas perdeu as duas finais do Campeonato Carioca que disputou contra o Flamengo.

No total, Romário já fez 19 gols no Clássico dos Milhões, sendo cinco com a camisa do Flamengo e 14 gols com a do Vasco. Em 2001, o atacante teve atuação de gala na goleada de 5 a 1 do time da Colina na final da Taça Guanabara.

Romário
Foto: Reprodução/Instagram/Romário

Adílio (Flamengo)

Criado no Flamengo, clube que defendeu por grande parte de sua carreira, Adílio atuou ao lado de Zico e Andrade, formando um dos melhores meio-campo da história. Com esse time, o Rubro-Negro conquistou suas maiores glórias, incluindo a Taça Libertadores da América e o Mundial Interclubes de 1981, além dos Brasileiros de 1980, 1982 e 1983.

Adílio era um jogador de rara habilidade e criatividade. Apesar disso, soube ser decisivo em sua carreira, quando marcou o segundo gol do Flamengo na vitória de 3×0 sobre o Liverpool na final do Mundial de Clubes de 1981, ou quando fez o terceiro gol na vitória de 3×0 sobre o Santos na decisão do Campeonato Brasileiro de 1983.

Atuou na equipe carioca entre 1975 e 1987, quando teve a oportunidade de vestir a camisa rubro-negra em 616 partidas, o que faz dele o terceiro jogador com maior número de jogos disputados pelo Flamengo.

Roberto Dinamite (Vasco)

Roberto Dinamite é o maior artilheiro da história do Clássico dos Milhões. Ícone do Vasco, o ex-atacante anotou 27 gols contra o Flamengo. O goleador era realmente diferenciado e dificilmente passava em branco no duelo entre os gigantes do Rio.

Além de ser o maior artilheiro do clássico, ele também é o maior artilheiro da história de todas as edições do Campeonato Brasileiro, de Campeonatos Cariocas, e também do estádio de São Januário.

Em 1.110 gols pelo Vasco, Dinamite anotou 708 gols. Conquistou um Campeonato Brasileiro (1974) e cinco Campeonatos Cariocas (1977, 1982, 1987, 1988 e 1992). Também disputou duas Copas do Mundo (1978 e 1982) e também teve breves passagens pela Portuguesa, em 1989, e pelo Campo Grande, em 1991, antes de retornar ao clube do coração para encerrar a carreira em fevereiro de 1993 num amistoso entre Vasco e La Coruña, da Espanha, no Maracanã. Naquele dia, Zico, ídolo do rival Flamengo, vestiu a camisa cruz-maltina para homenagear o amigo.

Morreu em janeiro desde ano, aos 68 anos, vítima de um câncer no intestino no qual vinha lutando desde o fim de 2021.

Foto: Daniel Ramalho/Vasco

Andrade (Flamengo)

Um dos maiores e mais vitoriosos ídolos do Clube de Regatas do Flamengo, Andrade estreou com a camisa rubro-negra em um amistoso em 1976 no qual a equipe derrotou por 2 a 0 a seleção brasileira, com gols de Paulinho e Luiz Paulo.

Andrade vestiu a camisa rubro-negra por 10 anos: 1977 até 1987. Com ela, foram 566 jogos com 329 vitórias, 138 empates e 99 derrotas e 28 gols. Transferiu-se para a Roma, da Itália, e retornou ao futebol carioca, em 90, para defender o Vasco da Gama.

Após encerrar sua carreira como jogador, Andrade trabalhou por muitos anos no futebol do Flamengo. Em inúmeras ocasiões, assim que algum técnico do Flamengo era demitido, Andrade assumia o comando técnico. Foi assim em 2004, quando assumiu após a queda do técnico Abel Braga e conseguiu evitar o rebaixamento da equipe no Brasileirão. E em 2005, quando assumiu logo após a queda do técnico Celso Roth.

Em julho de 2009, após a saída do técnico Cuca, voltou a assumir o Flamengo, primeiro de maneira interina e depois como treinador efetivo. Após perder o título da Taça Rio para o Botafogo, que foi Campeão Carioca pois já havia vencido a Taça Guanabara, Andrade também foi contestado na campanha da Libertadores, com altos e baixos, o que culminou com sua demissão, em 23 de abril de 2010.

Foto: Paula Reis/Flamengo

A rivalidade entre as torcidas

A enorme rivalidade começou nas águas da Baía de Guanabara, quando o remo era o esporte mais popular. No total são 47 títulos para o Flamengo e 46 títulos para o Vasco. Nos campos de futebol, o duelo nasceu só em 1912, quando o Rubro-Negro criou um time com jogadores que abandonaram o Fluminense. Já o Cruz-Maltino, estreou oficialmente no futebol em 1916, na terceira divisão, após a fusão no ano anterior de clubes ligados à colônia portuguesa do Rio de Janeiro.

No entanto, essa rivalidade no futebol esquentou mesmo em 1923, quando finalmente o Vasco chegou à primeira divisão. Logo em seu ano de estreia, ganhou o Campeonato Carioca com uma campanha arrasadora e que perdeu apenas 1 jogo, justamente contra o Flamengo. Naquela altura o Rubro-Negro já tinha 4 títulos cariocas.

Ao longo dos anos, as duas equipes começaram a colecionar títulos e protagonizarem disputas acirradas: foram quase 400 partidas, sendo 156 vitórias rubro-negras, 132 vitórias cruzmaltinas e 111 empates. Além disso, as equipes tiveram em 22 disputas diretas de Campeonato Cariocas. Foram 12 títulos para a Gávea e 10 para São Januário.

O clima nas arquibancadas durante o clássico

O clima nas arquibancadas começa bem antes do clássico começar. Na maioria das vezes, os torcedores de ambas as equipes, já começam a festa no lado de fora do estádio com recepção ao ônibus, fogos, sinalizadores. No entanto, muitas das festas do pré-jogo é marcado por confusões e mortes.

O Clássico dos Milhões é marcado por muitas brigas dentro e fora dos estádios. Além disso, como o clima é quente, até os jogadores discutem entre si e rolam aquela pequena discussão. Na maioria das vezes, as confusões são separadas pelos policiais que jogam bomba, gás de pimenta para dispersar a multidão.

Por um lado, a cena é totalmente triste, mas por outro, ainda tem a festa bonita que os torcedores fazem para seus jogadores.

Histórias de confrontos entre as torcidas

Um jogo como Flamengo e Vasco é capaz de despertar o melhor e o pior das pessoas. Apesar do estádio viver uma noite mágica, com direito a recorde de público, duelo de apoio entre as torcidas, uma atmosfera como há muito não era vista no Clássico dos Milhões. Mas do lado de fora, a guerra entre torcedores rivais deixam dezenas de feridos, alguns com gravidade.

Na esperança de jogos menos desiguais entre os dois adversários históricos, rubro-negros e vascaínos saem de casa prontos para uma verdadeira batalha.

De um lado, torcedores de ambos os times lotam o Maracanã e por outro, encontram o adversário nas arquibancadas disposto a igualar no barulho. Sempre há aqueles fãs do Flamengo provocando os rivais, cantando que o time vai voltar a jogar a segunda divisão. Já os Cruz-maltinos devolvem a provocação, dizendo que os flamenguistas não têm estádio, ou que o Maracanã é deles.

No entanto, o mesmo clássico que escreve tantas histórias de alegrias e decepções no futebol é estopim para conflitos entre torcedores. Eles ocorreram em diversos pontos da Região Metropolitana. Os focos maiores são nos arredores do estádio. Nas ruas do Maracanã e de São Cristóvão, além das estações de trem e metrô mais próximas ao estádio, diversas brigas eclodem, com muita violência.

A última confusão que ocorreu, foi na semifinal do Carioca em que um torcedor vascaíno foi espancado e veio a óbito. Além disso, outros pontos da cidade, foram alvos de conflitos entre os rivais.

Como a rivalidade se mantém viva até os dias de hoje?

O ato de torcer, que deveria ser uma maneira de inserir o cidadão como membro atuante no esporte, tem perdido sua capacidade original, fazendo da modalidade uma válvula de hostilidade e intolerância. Segundo o Estatuto do Torcedor, o futebol deveria ser uma “manifestação festiva e amigável”.

Como a violência vem aumentando, torcer dentro do estádio fica cada dia mais difícil a ponto que passou a impedir duas torcidas de dividirem as arquibancadas, como acontece em muitos estados brasileiros, em que o visitante recebe uma cota ínfima de ingressos.

A violência também se manifesta na atmosfera de ódio que cerca o futebol, por meio de ofensas, posturas desumanas, xingamento. Neste cenário de dificuldades, de maior visibilidade do esporte, com as redes sociais, as inúmeras transmissões de jogos e o aumento da pressão sobre técnicos e jogadores, muitos torcedores passaram a ver o futebol como uma espécie de “vale-tudo”. Em vez de o considerarem uma distração, um entretenimento, uma forma de integração.

Além disso, outro fator que contribui para a rivalidade são as empresas patrocinadoras. Elas já esperam que serão criticadas por parte da torcida adversária.

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