Neste Dia do Trabalhador, os brasileiros relembram também os 30 anos da morte de um de seus maiores ídolos: Ayrton Senna. Em comemoração a grande carreira de um dos maiores pilotos da história, o 365Scores traz 30 fatos sobre o atleta.
Ao longo de sua carreira, Ayrton Senna subiu ao pódio em 80 oportunidades, com 41 vitórias e 65 pole positions. Tricampeão, o brasileiro disputou 161 grandes prêmios em sua carreira na Fórmula 1
Confira os momentos marcantes da carreira de Ayrton Senna
Primeira vez em um F1 (1983)
A primeira vez que Ayrton Senna dirigiu um carro de Fórmula 1 foi em 1983, quando Frank Williams ofereceu uma oportunidade. No teste realizado em Donington Park, ele fez suas primeiras voltas.
Estreia na Fórmula 1 (1984)
Já sua estreia pela Fórmula 1 ocorreu em 15 de março de 1984, no GP do Brasil, no Autódromo de Jacarepaguá. Em poucas voltas diante do público carioca, Senna teve uma atuação discreta e abandonou com problemas de motor.
Primeiro ponto (1984)
Depois de vencer vários campeonatos em outras categorias, o primeiro ponto de Senna veio com a Toleman, no GP da África do Sul, em sua segunda corrida, largando em 13º e chegando em 6º lugar.
Primeiro pódio em Mônaco e show na chuva (1984)
Seu palco favorito, Ayrton Senna conseguiu seu primeiro pódio em Monaco. Na época aos 24 anos, ele se classificou em 13º para a largada, mas atravessou a chuva e os campeões Keke Rosberg e Niki Lauda, chegando perto de Alain Prost, em segundo lugar.
Primeiro “Grand Slam” (1985)
No ano seguinte, buscando melhores desempenhos, o brasileiro se transferiu para a equipe Lotus e em sua segunda prova, em Portugal, conquistou seu primeiro Grand Slam, que é ter a pole position, marcar a melhor volta e ganhar a corrida.
Primeira vez do gesto icônico com a bandeira (1986)
O icônico gesto de Ayrton Senna surgiu no GP de Detroit de 1986, e por causa do futebol. Após a eliminação da Seleção na Copa do Mundo do México, para a França, o piloto foi provocado antes da corrida e após vencê-la, pediu a bandeira verde e amarela a um torcedor para “dar o troco” nos franceses.
Primeiro título, no Japão (1988)
Em um ano de disputa com seu companheiro Prost, os pilotos venceram 16 das 17 corridas da temporada, mas o brasileiro dominou a metade final da temporada. Com isso, em Suzuka, mesmo com uma pane na largada, ele conseguiu assumir a liderança na 28ª volta e levou o título.
Senna goleiro
Naquele mesmo ano, Senna resolveu se aventurar nos campos e jogar futebol na Ilha de Bali, na Indonésia, local onde comemorava a conquista do seu primeiro título. Entretanto, o resultado obtido quando tentou ser goleiro não foi positivo, com uma luxação na mão direita.
Batida com Alain Prost em Suzuka (1989)
Um dos momentos mais polêmicos da história da Fórmula 1, o ocorrido aconteceu no GP do Japão de 1989. O brasileiro precisava vencer para chegar à última etapa do ano (Austrália) com chances de título. Na prova, Senna largou da pole, mas perdeu a primeira colocação para Prost logo na primeira volta.
Precisando da vitória, o piloto tentou ultrapassar o companheiro na volta 47, mas foi tocado pelo francês, que logo saiu do carro. Mesmo com o dano, o carro foi ao box e ele ainda retornou a prova na segunda colocação. A três voltas do fim, ultrapassou Alessandro Nannini e venceu.
Entretanto, os cartolas da Fórmula 1 ratificaram uma punição ao brasileiro, que acabou nem subindo ao pódio. Com isso, o Alain Prost foi declarado campeão em uma manobra do seu compatriota Jean-Marie Balestre, presidente da FIA na época.
Segundo título e vingança (1990)
Em 1990, Alain Prost precisava vencer as duas últimas provas da temporada para levar o título, dependendo apenas de si. Na última prova, o brasileiro conseguiu a pole position, mas o francês tomou a liderança logo na largada. Entretanto, Senna decidiu que não deixaria o rival liderar a primeira curva e jogou sua McLaren contra a Ferrari de Prost, fazendo com que os dois pilotos abandonassem a prova. Com isso, Ayrton conquistou seu segundo mundial.
Senna e Seleção vencendo no mesmo dia (1990)
O GP do Canadá de 1990 foi no mesmo dia em que o Brasil jogaria contra a Suécia, pela Copa do Mundo. A Seleção venceu a partida contra os suecos por 2 a 1 em Turim e Senna ainda fez a dobradinha brasileira na pista com Nelson Piquet, que chegou em segundo lugar.
A carona mais famosa da história da F1 (1991)
Senna e Mansel chegaram ao GP da Inglaterra com 25 pontos em 1991 e o rival do brasileiro conseguiu a pole, mas foi superado na largada. Entretanto, a potência do FW14 do britânico falou mais alto e ele disparou na ponta. Durante a corrida, o carro de Ayrton teve uma pane seca e o tirou da prova. Mansell parou para dar uma carona a Senna e o registro entrou para a história.
Primeira vitória em casa (1991)
Antes de sua primeira vitória no Brasil, Senna encarou três abandonos. O triunfo, enfim, veio em 1991 no Autódromo de Interlagos em São Paulo. O brasileiro conquistou a pole position e sofreu com a pressão do rival Mansell, que rodou na volta 60.
Quando tudo parecia mais tranquilo, a chuva forte veio e o câmbio da McLaren travou. Senna perdeu a terceira, quarta e quinta marchas nas voltas seguintes; nas seis últimas, estava travado na sexta enquanto Riccardo Patrese, remanescente da Williams, o perseguia. Ainda assim, levou a vitória.
Tricampeonato mundial (1991)
O terceiro campeonato de Senna teve como co-protagonista novamente Nigel Mansell. Ayrton começou o ano com uma sequência de quatro vitórias, mas a equipe rival despontou de vez na França, sétima etapa da temporada.
Senna chegou no Japão, penúltima etapa, precisando apenas de um segundo lugar. Mas nem teve disputa, Mansell abandonou a prova na décima volta.
Última vitória no Brasil (1993)
Naquela prova, Ayrton largou em terceiro lugar e passou Damon Hill para assumir a vice-liderança; na 11ª volta, foi a vez de Prost. O triunfo foi ameaçado com uma punição de passagem pelo pit lane, mas a desvantagem diminuiu com a chuva.
Na 27ª volta, o piloto da McLaren antecipou o uso de pneus de pista molhada, enquanto Prost, ainda com os de pista seca, bateu. Quando a chuva parou, Senna recuperou a vice-liderança e passou o novo líder, Damon Hill, para vencer pela última vez em casa.
Acidente fatal (1994)
Um dos episódios mais tristes do esporte nacional, o acidente fatal ocorreu em Imola, com o brasileiro na Williams. Ele chegou a conquistar três poles no início da temporada, mas nenhuma vitória, sofrendo acidentes em todas as corridas.
Antes do acidente com Ayrton, a F1 lamentou as graves batidas que feriram o novato Rubens Barrichello e mataram o austríaco Roland Ratzenberger na sexta-feira e no sábado, respectivamente. Logo no início da corrida, no domingo, ocorreu uma batida entre JJ Lehto e Pedro Lamy cujos destroços voaram e feriram nove torcedores nas arquibancadas.
Quando a corrida foi retomada, o ídolo brasileiro dirigiu por sete voltas e bateu no muro da curva Tamburello. Com o impacto, a barra de suspensão de seu carro se rompeu e atravessou o capacete, atingindo-o mortalmente na testa.
Apensar de ter sido levado ao Hospital Maggiore de Bolonha, o brasileiro foi declarado morto às 18h40 (13h40 no horário de Brasília) na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
As bruxas de Ímola (1994)
Em entrevista recente à “Folha de São Paulo”, o italiano Domenico Salcito, que estava na equipe médica daquela prova afirmou que naqueles dias “as bruxas sobrevoaram o autódromo de Ímola”.
“Na sétima volta, ouço pelo rádio: ‘Acidente na Tamburello’. Calculei que (os carros) estavam do outro lado e que haveria tempo: entramos com o carro médico e chegamos ao lugar do acidente”, disse Salcito.
O Tetra é nosso!
Com a morte do piloto, a seleção brasileira se tornou uma outra maneira de levar alegria ao povo com o esporte. Em 1994, Ayrton Senna e a equipe do Brasil fizeram um pacto para trazer os dois tetras ao Brasil – na F-1 e no futebol.
Após uma suada disputa de pênaltis, os brasileiros levaram a taça e na comemoração, levantaram uma faixa escrito: “Senna…Aceleramos juntos, o Tetra é nosso!”.
Relação com o Corinthians
Corintiano declarado, Senna aparece até os dias de hoje em homenagens do clube paulista. Os tributos contam com bandeirões na torcida, camisas em alusão ao piloto e homenagens dentro de campo feitas pelos jogadores.
Maior número de vitórias consecutivas em um mesmo GP
O brasileiro tem o maior número de vitórias consecutivas em um mesmo GP, sendo o de Mônaco, entre 1989 e 1993. Hamilton também conseguiu cinco seguidos, no GP da Espanha, entre 2017 a 2021.
Maior vencedor em Mônaco
Com a sequência, Senna ainda é o vencedor do circuito histórico. Schumacher e Graham Hill chegaram perto, mas não conseguiram igualar a marca do brasileiro.
Poles consecutivas em um único GP
Entre 1985 e 1991, Senna Largou em primeiro em todas as edições do GP de San Marino, sendo o recorde de poles consecutivas em uma mesma prova até hoje.
Poles consecutivas na temporada
Além disso, Ayrton também é o detentor da marca de mais poles consecutivas em uma temporada, com oito, superando Niki Lauda, que conquistou sete poles em 1974.
Largadas consecutivas na primeira fila
Entre o GP da Alemanha de 1988 e o GP da Austrália de 1989, o brasileiro largou em 1º ou 2º lugar em 24 corridas. Entre 2014 e 2015, Lewis Hamilton chegou perto de igualar, com 20 largadas na primeira fila.
Frases marcantes de Ayrton Senna
- “Vencer sem correr riscos é triunfar sem glórias!”
- “Se a gente quiser modificar alguma coisa, é pelas crianças que devemos começar. Devemos respeitar e educar nossas crianças para que o futuro das nações e do planeta seja digno.”
- “O segundo nada mais é do que o primeiro dos perdedores.”
- “Vencer é o que importa. O resto é a consequência.”
- – “Eu não tenho ídolos. Tenho admiração pelo trabalho, dedicação e competência.”
- – “Tenho medo da morte e da dor, mas convivo bem com isso. O medo me fascina.”
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