Vampeta minimiza denúncia de racismo de Gerson: “Muito esquentadinho”
Durante participação no programa “Mesa Redonda”, da “TV Gazeta”, Vampeta minimizou o episódio de racismo envolvendo Gerson, do Flamengo, e Ramírez, do Bahia. O ex-volante disse que não viu problema na fala do colombiano durante o calor do jogo, já que o atleta rubro-negro estava “muito esquentadinho com tudo”.
“Este final de semana eu estava em Sorocaba em um evento com o Amaral [também ex-jogador], a gente estava no mesmo carro e ele falava: ‘Vampeta, está muito chato este negócio na bola de qualquer coisinha [ser racismo]… pô, a gente se chama de negão, chama de macaco…’. Eu estava vendo o jogo e o Gerson estava muito esquentadinho com tudo. Joga muito, merece uma oportunidade na seleção, mas eu não vi [o caso] para tanta… de negro, não sei o que… no calor do jogo…”.
Apesar do apresentador Flávio Prado e o convidado Benjamin Back tentarem convencer o ex-jogador que a ofensa é recebida por cada um de uma maneira diferente, Vampeta tentou justificar sua posição ao falar das suas experiências em campo.
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O apresentador disse: “A ofensa é uma coisa que você recebe cada um de jeito, é uma coisa muito pessoal. Uma vez falei com uma amiga negra sobre isso e ela falou: ‘cara, você só sabe o que dói se você sentir'”.
Já o ex-volante retrucou: “Eu não estou defendendo essas coisas não, pelo amor de Deus. Mas no futebol, por exemplo, eu jogo na Vila Maria. Lá tem de tudo, coreano, boliviano… ‘Toca a bola, Bolívia’. ‘Ô alemão, toca a bola’. ‘Ô, chinês, e aí?’. Então se todo mundo for para a televisão…”.
Back, no entanto, tentou explicar a diferença neste tipo de tratamento: “É diferente quando você tem uma liberdade com a pessoa. Eu sou judeu, e quando amigos brincam com alguma coisa é lógico que você não vai melindrar. Você falar negão para o amigo, [ele] sabe que não tem nada. Agora você virar para um cara no meio do jogo e falar: ‘ô, seu macaco’. Tá maluco, cara?”.
Para finalizar, Vampeta disse: “Mas você viu que o Gerson não fala isso”.