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Jorge Jesus diz sentir falta do Flamengo e se denomina ‘Pedro Álvares Cabral do futebol’

O técnico Jorge Jesus assumiu ter saudades do Flamengo. Em entrevista ao ‘ge’, o treinador, que hoje está no Al Hilal, falou sobre o clube carioca e como se sentiu no período em que esteve comandando o clube, deixando a Nação repleta de títulos.

“Nós, no português, temos essa palavra saudade, e eu tenho saudade do tempo em que estive no Flamengo”, iniciou o português que passou pela equipe carioca entre 2019 e 2020, fazendo história.

“Não só do clube em si, mas também da cidade. Apesar de estar bem em Riad, que é uma cidade fabulosa, o Flamengo foi um clube, a equipe em si, os jogadores em si, foram os que me acolheram e batizaram como se fosse um treinador diferenciado para eles. Acreditaram muito em mim e se preocuparam muito comigo até no que eu fazia fora do Flamengo. Não sei se mais alguma vez terei um grupo como esse”, completou.

Jorge Jesus ainda segue conversando e sendo conselheiro de Filipe Luís, atual treinador do Rubro-Negro. Mister afirmou que guarda em um lugar de seu coração tudo o que viveu com o elenco carioca.

“Mantenho relação com muitos jogadores. Mais hoje com o Filipe Luís, por ser treinador, mas com muitos deles, como os que estão no Flamengo… Bruno Henrique, Gerson, Arrascaeta, o Everton que saiu, falava muito com o Gabigol, com todos aqueles que ainda estavam no Flamengo desde o meu tempo e continuo a me comunicar”, explicou o treinador.

Com a passagem vitoriosa, Jorge Jesus abriu espaço para outros treinadores portugueses fazerem história no Brasil, como é o caso de Abel Ferreira, Artur Jorge e outros, por exemplo.

“Quando chegamos, o futebol era muito de posição, de pouca pressão. Hoje, não, eles já sabem o que é fazer pressão alta. Esse foi um dos componentes do jogo que fizeram mudar o futebol brasileiro, porque a qualidade que o jogador tem continua, o talento continua todo lá, mas no futebol só o talento não ganha jogos hoje em dia. O talento com a qualidade do trabalho é o que ganha títulos e jogos. Hoje, as grandes equipes do Brasil estão a ir por essa mudança, como na Europa. E, sim, sinto que deixamos um legado para que os outros treinadores portugueses, como Abel e Artur Jorge, tivessem a continuidade dessa ideia de jogo”, iniciou.

“Isso fez com que três treinadores portugueses no espaço de cinco anos ganhassem. Eu me sinto como o Pedro Álvares Cabral do futebol português no Brasil, onde foi confirmado e justificado. O treinador português é o melhor treinador do mundo. Não estou dizendo que são todos iguais. O Messi não são todos Messis e nem Neymar, nem Ronaldinho… Mas dentro do que três, quatro treinadores portugueses, são os melhores do mundo”, completou.

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Redação 365Scores

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