Sandro Rosell, presidente do Barcelona entre 2010 e 2014, relembrou, em entrevista ao programa “Viajando com Chester”, do jornalista espanhol Ristoo Mejide, os 645 dias que passou na prisão preventiva devido a um escândalo de lavagem de dinheiro, o qual foi absolvido. O ex-mandatário contou os detalhes de como foi o período encarcerado, inclusive a vida sexual lá dentro.
“Há necessidades das quais o ser humano não pode abrir mão mesmo atrás das grades. Sim. Tem muita relação homossexual na cadeia, mas até de gente que não é homossexual”, respondeu ao ser perguntado sobre os pacotes de preservativos e vaselinas que dão.
Além da vida sexual, Rosell falou sobre as agressões que sofria dentro do presídio. Ele relembrou que foi ameaçado diversas vezes e que seus colegas o defendiam.
“Eles me ameaçaram algumas vezes, mas meus companheiros imediatamente vieram em minha defesa. Eles iam me bater. Um por ser presidente do Barça e outro por ser catalão. Aconteceu comigo uma vez em Madrid e outra em Barcelona , mas ambas as vezes Eles me protegeram sem que eu pedisse”, revelou.
“Um detento me disse que eu teria que pagá-lo sempre que ele pedisse até ele querer ou me arrebentaria, mas os meus colegas apareceram e impediram-no”, acrescentou.
Relembre o caso
Sandro Rosell deixou o Barcelona em 2014 depois de ser acusado de fraude fiscal na polêmica contratação de Neymar, em 2013. Além disso, ele foi alvo também de investigação por causa da sua participação na empresa Ailanto, que em 2008, foi responsável pela organização do amistoso entre Brasil e Portugal.
A suspeita, na época, era o superfaturamento com passagens aéreas da delegação brasileira, hotéis para jogadores de ambas as equipes e contratação de outros serviços. A empresa teria recebido R$ 9 milhões pela trabalho na partida.
O dirigente foi inocentado após um acordo entre a diretoria do Barça e a Justiça para que a pena fosse assumida pelo clube como pessoa jurídica.
